Motta condena 8/1, mas descarta tentativa de golpe: “Não teve isso”

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou nesta sexta-feira (7/2) que os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 possam ser enquadrados como golpe de Estado, mas definiu o episódio como “uma agressão às instituições inimaginável”.

“Agora querer dizer que foi um golpe… golpe tem que ter um líder, tem que ter uma pessoa estimulando, tem que ter apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas. E não teve isso”, defendeu ele, em entrevista à rádio Arapuan, de João Pessoa (PB).

O deputado afirmou que o país “foi muito feliz na resposta” aos atos, mas condenou penas atribuídas a alguns participantes no Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou longas.

“Da mesma forma, você não pode penalizar uma senhora que passou na frente lá do Palácio, não fez nada, não jogou uma pedra, receber 17 anos de pena [em] regime fechado. Há um certo desequilíbrio nisso. Temos que punir as pessoas que foram lá, quebraram, depredaram. Essas sim precisam e devem ser punidas”, argumentou.

Emendas parlamentares

Sobre o imbróglio envolvendo a liberação das emendas parlamentares, Hugo Motta afirmou que conversará com o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), para uma resolução ainda em fevereiro, que torne possível a votação do Orçamento de 2025 no Congresso Nacional.

“[Queremos] entender o modelo que esteja a altura do que o Supremo espera, sem abrir mão das nossas prerrogativas, porque o poder Legislativo não abre mão de participar da indicação”, disse.

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