Após posse de Trump, caso de visto de Harry retorna aos tribunais

Cinco meses após o assunto parecer ter sido encerrado, uma ação judicial para tornar públicos os registros privados de visto dos EUA do príncipe Harry será reaberta na próxima quarta-feira (12/2). O filho mais novo do rei Charles III havia admitido em seu livro de memórias, Spare, já ter usado drogas durante a adolescência. O fato levou a uma série de críticas de conservadores americanos, que sugeriram que o ruivo mentiu para conseguir a documentação ou que teria recebido tratamento especial do governo Biden.

O caso será reaberto em um tribunal federal em Washington DC, meses depois de o atual presidente Donald Trump ter dito que não o protegeria.

Entenda

  • Em um trecho de seu livro de memórias, Spare, o príncipe Harry revelou que experimentou cocaína quando era um “garoto de 17 anos profundamente infeliz”.
  • “Não foi muito divertido e não me deixou particularmente feliz, pois parecia fazer todo mundo ao meu redor, mas me fez sentir diferente, e esse era o objetivo principal. Sentir. Diferente”, escreveu, na obra.
  • Os formulários de solicitação de visto para os Estados Unidos, por sua vez, perguntam especificamente sobre o uso atual e passado de drogas, o que, dependendo da resposta, pode levar à rejeição dos pedidos.
  • Para a Heritage Foundation, um dos think tanks (laboratórios de ideias) mais influentes do mundo, a lei “geralmente torna tal pessoa inadmissível para entrada” nos EUA, embora os agentes de imigração tomem decisões finais com base em uma série de fatores.
  • No caso do duque de Sussex, a associação pediu que o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos tornasse seus papéis públicos para ver se ele havia mentido em seus formulários. Eles ainda questionaram se Harry recebeu algum tratamento especial no governo Biden.
  • O caso está sendo travado entre o think tank e o departamento federal americano, que gerencia os pedidos de visto e imigração. O próprio príncipe não está diretamente envolvido nos procedimentos legais.
  • Após o lançamento do livro de memórias, a Heritage Foundation fez um pedido de Lei de Liberdade de Informação para obter a documentação de do caçula do rei Charles III, mas a solicitação foi negada.
  • Eles entraram com uma ação judicial no DHS após alegarem que a informação era de “imenso interesse público”.
  • Em setembro do ano passado, o caso foi concluído depois que um juiz decidiu que o pedido de Harry permaneceria privado, alegando que “o público não tem grande interesse na divulgação dos registros de imigração do duque”.
Príncipe Harry - Metrópoles
Harry admitiu em seu livro de memórias Spare que já usou drogas durante a adolescência

Cinco meses depois do encerramento do caso, o juiz concordou em reabri-lo. A audiência de “pedido de isenção de sentença” será em Washington DC, na quarta-feira (12/1).

Essa é a primeira vez que um caso como esse é visto em tribunais dos EUA desde o retorno de Donald Trump à presidência no mês passado. O chefe de Estado pode intervir e pedir a divulgação dos documentos.

Anteriormente, Trump alertou que o duque poderia enfrentar consequências se mentisse sobre o uso de drogas em seu pedido de visto para os EUA. Durante uma conferência político, ele declarou que o governo Biden tinha sido “muito gentil” com Harry desde sua mudança para a Califórnia em 2020 com Meghan.

“Eu não o protegeria. Ele traiu a rainha. Isso é imperdoável. Ele estaria por conta própria se dependesse de mim”, disse ao jornal Express.

Donald Trump - Metrópoles
Trump garantiu que não protegerá o duque de Sussex

Em outra entrevista ao GB News, em março do ano passado, o atual presidente norte-americano ainda garantiu que o duque de Sussex não deveria receber tratamento preferencial. “Teremos que ver se eles sabem algo sobre as drogas, e se ele mentiu, eles terão que tomar as medidas apropriadas”, falou.

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