Governo Lula cria estoques de arroz e milho para conter alta nos alimentos

Brasília – O governo do presidente Lula adotou novas estratégias para conter a inflação dos alimentos e reduzir o impacto sobre a população. O plano inclui a formação de estoques de arroz e milho a preços reduzidos, garantindo maior estabilidade ao mercado. O governo também estuda a inclusão do trigo na estratégia para proteger os consumidores da alta dos preços.

A iniciativa é liderada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que também pretende destinar cerca de R$ 5 bilhões ao financiamento de produtores de itens da cesta básica. Outra medida em análise é a redução de tarifas de importação para determinados produtos, informa o portal Metrópoles.

Estoques reguladores para estabilizar o mercado

O governo pretende iniciar a aquisição de arroz para compor os estoques até julho de 2025, com um investimento inicial de R$ 1 bilhão. Essa decisão surgiu após as enchentes no Rio Grande do Sul, principal produtor do grão. A expectativa é que essa medida reduza os preços do arroz no segundo semestre.

A estratégia inclui o uso de contratos de opção, permitindo que o governo compre produtos por um valor predefinido. Assim, os agricultores têm um preço mínimo garantido, mas podem optar por vender ao mercado caso os preços subam.

Trigo pode entrar na política de estoques

O governo também pretende usar esse modelo para o milho, enquanto avalia a viabilidade da medida para o trigo. Contudo, a inclusão do trigo enfrenta desafios, pois o Brasil ainda depende de importação e o cultivo exige grande irrigação.

Financiamento para produção de alimentos básicos

Outra frente de ação do governo é a destinação de créditos para produtores da cesta básica. O objetivo é facilitar o acesso ao financiamento por meio do Banco do Brasil, ampliando os recursos disponíveis no programa Mais Alimentos, dentro das linhas do Pronaf.

A secretária-executiva do MDA, Fernanda Machiaveli de Oliveira, destacou que o governo não pretende adotar controle de preços ou alterar regras de validade dos produtos. Segundo ela, a inflação dos alimentos está diretamente ligada ao mercado internacional e tende a recuar nos próximos meses.

Mudanças no vale-alimentação estão em debate

O governo também estuda o fim das bandeiras do vale-alimentação, que limitam os locais onde o benefício pode ser utilizado. Atualmente, essas bandeiras retêm entre 6% e 12% do valor do benefício, encarecendo os produtos para o consumidor final.

Congresso e lideranças do PT apoiam as medidas

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), destacou que a inflação dos alimentos cresceu nos últimos quatro meses devido à valorização do dólar e a uma seca severa. Segundo ele, o presidente Lula determinou prioridade para a reativação dos estoques reguladores.

“A Conab já trabalha na criação de estoques de arroz e feijão. Quando os preços sobem demais, esses produtos são liberados no mercado para conter a alta”, afirmou Farias.

Ele garantiu que o governo federal continuará monitorando a inflação dos alimentos e tomando medidas para proteger os consumidores.


Entenda o caso: política de estoques contra inflação

  • O governo Lula adota medidas para conter a inflação dos alimentos.
  • Estoques de arroz e milho serão formados para garantir preços mais baixos.
  • O governo avalia a inclusão do trigo na estratégia.
  • Cerca de R$ 5 bilhões serão destinados ao financiamento de produtores.
  • Possível redução de tarifas de importação para controlar preços.
  • Discussão sobre o fim das bandeiras do vale-alimentação para reduzir custos.

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