Mesmo após cessar fogo, levantadora são-carlense desiste de jogar em Israel

Mesmo após cessar fogo, levantadora são-carlense desiste de jogar em IsraelDA REDAÇÃO

Mesmo com o anúncio de um acordo para um cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas em 15 de janeiro, após 467 dias de guerra na Faixa de Gaza no conflito que já deixou quase 48 mil mortos, a jogadora de vôlei são-carlense Maria Eduarda Graciano dos Santos, a Duda, não vai mais jogar no Oriente Médio. Antes da guerra ela havia recebido um convite para jogar num time israelense, mas seus planos mudaram depois que houve o ataque do Hamas e o início do conflito bélico.  “Antes da guerra eu estava muito interessada, mas depois mudei de ideia e resolvi ficar em São Carlos. Estou decidida a ficar. Vou disputar o vôlei de quadra pelo time do Fênix, que é um time da cidade que disputa campeonatos locais. Estou também fazendo a transição de um vôlei de praia com o técnico Basílio que é da associação Favoretto AEA.  Fui convidada a ser auxiliar técnica de um novo projeto da Prefeitura Municipal pela Érica e a Taline. Elas são do time do Fênix onde jogo quadra e são elas que estão à frente da escolinha AFEV Voleibol, onde tive a oportunidade de ser auxiliar técnica. Aceite este desafio, e vou trabalhar com as crianças de 8 a 16 anos. Ao mesmo tempo, estou cursando Educação Física na Unicesumar”, relata Maria Eduarda.  Aos 22 anos, Maria Eduarda já teve uma experiência internacional jogando vôlei. Quando tinha 19 anos, a levantadora atuou durante um ano pelo time da Ilha da Madeira, no ano de 2022. Por questões pessoais, decidiu voltar ao Brasil, onde participou do time do AGEE que representou São Carlos na Super Liga Feminina B em 2024. “Foi uma experiência fantástica onde evolui muito”, destaca a levantadora.  A levantadora tem boas lembranças da temporada em Portugal.  “Eu fiquei muito feliz com esta experiência internacional, pois foi a oportunidade de conhecer a Europa e conviver com outra cultura. Foi incrível mesmo. Foi uma oportunidade que Deus me deu. Não continuei por fatores extra quadra, mas isso não interfere muito na minha vida. Eu achei bem diferente a cultura portuguesa, inclusive o jeito que eles falam. O complicado na culinária era o feijão, que lá só tem enlatado. Morava numa ilha e tinha muito peixe e frutos do mar, que não estou habituado a comer”, destaca ela.  Segundo ela, o Carnaval português tenta imitar o Carnaval brasileiro com escolas de samba e desfiles. “Os portugueses gostam muito dos brasileiros”  Atualmente, Maria Eduarda está fazendo a transição do vôlei de quadra para o vôlei de areia.  Ela disse que começou a jogador vôlei nas escolinhas e que a sua primeira treinadora foi Michele Mendonça. “Eu jogo vôlei desde os meus 8 anos”, revela.  Duda no time da Ilha Madeira: experiência internacional enriqueceu a bagagem cultural da jovem atleta

A jogadora ressalta que torce por algumas atletas que foram suas companheiras de quadra e que hoje se destacam em grandes equipes da Super Liga A.  “Sou fá das levantadoras baixinhas, como a Fofão e a Bruninha, a Jack do Pinheiros. Estas levantadoras baixas, pois elas me representam. Acompanho bastante os jogos de vôlei. Gosto muito do Mackenzie por conta da Bia Martins, que jogou muito comigo no AGEE, do Brasília e a Marina Ciotto, tem o Maringá, com a Lohaine. Torço por elas. Várias garotas que jogaram aqui me ajudaram bastante e continuo torcendo pelo sucesso delas”, comenta.  Ela faz ainda uma citação especial. “Eu também gostaria de falar que torço muito pela Jéssika Soares (Kubana). Que além de companheira dentro de quadra, foi uma amiga maravilhosa fora, onde me ajudou muito a ser resiliente e enfrentar todos os desafios. Torço muito por ela. Também destaco Tamara Abila, que atualmente joga no Fluminense. Uma menina guerreira e que sempre me ajudou! Torço muito pelo sucesso dela”, conclui a levantadora. 

 

Fonte: São Carlos Agora. Leia o artigo original: Mesmo após cessar fogo, levantadora são-carlense desiste de jogar em Israel

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