Ex-deputado bolsonarista é preso pela PF por posse ilegal de arma

O ex-deputado distrital Carlos Tabanez foi preso nesta terça-feira (11/2) pela Polícia Federal (PF), em flagrante, por posse ilegal de arma de fogo. Ele estava em posse de dois revólveres calibre 38.

O ex-parlamentar bolsonarista tem um arsenal avaliado em mais de R$ 100 mil, segundo declarou à Justiça Eleitoral. Ele também é dono de um dos maiores clubes de tiro de Brasília. Tabanez foi alvo mandado de busca e apreensão em operação da PF que investiga fraude em licitações e contratos públicos.

Arsenal de armas de fogo de Tabanez declarada nas últimas eleições de 2022
Arsenal de armas de fogo de Tabanez declarada nas últimas eleições de 2022

Carlos Tabanez está por trás da R7 Facilities, responsável pela gestão contratual da manutenção da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). A empresa mantém vários contratos com o governo federal de serviços gerais.

O ex-deputado distrital é suspeito de ter agido em conjunto com outras empresas para fraudar licitações. Ele e o advogado da R7 Facilities, Alair Ferraz, são investigados na Operação Dissimulo, deflagrada na manhã desta terça-feira  pela PF, em parceria com Controladoria-Geral da União (CGU) e Receita Federal.

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Advogado Alair Ferraz é "venerável mestre" de Carlos Tabanez

Carlos Tabanez é suspeito de ter agido em conjunto com outras empresas para fraudar licitações
Prédio da R7 Facilities, investigada pela PF e CGU por fraudes em licitações
PF, CGU e Receita trabalharam em parceria na investigação contra a R7 Facilities e grupo suspeito de fraude em licitação
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Carlos Tabanez no Clube GSI no DF fazendo aula de tiro

Reprodução/Instagram

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Advogado Alair Ferraz é “venerável mestre” de Carlos Tabanez

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Carlos Tabanez é suspeito de ter agido em conjunto com outras empresas para fraudar licitações

CLDF/Divulgação

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Prédio da R7 Facilities, investigada pela PF e CGU por fraudes em licitações

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PF, CGU e Receita trabalharam em parceria na investigação contra a R7 Facilities e grupo suspeito de fraude em licitação

Reprodução/PF

Ao todo, os agentes cumprem 26 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal. A coluna apurou que oito empresas, incluindo a R7 Facilities, estão sendo investigadas.

Entenda a investigação que mira ex-deputado

As investigações da PF apontaram que o grupo utilizava “laranjas” como sócios das empresas para ocultar os verdadeiros proprietários. A operação teve início com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada no ano passado.

O grupo investigado possui dezenas de contratos vigentes com a Administração Pública, incluindo um contrato com a própria PF, alvo desta investigação.

A PF informou em nota que as investigações tiveram início em abril de 2024 e “indicam que empresas com vínculos societários, familiares e trabalhistas teriam se associado para a prática de fraudes em licitações”. Os investigados teriam, segundo a corporação, “utilizado falsa declaração de dados perante a administração pública para obter benefícios fiscais, garantindo assim vantagem indevida frente a outros concorrentes”.

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