Novo “slime” gera energia durante brincadeira e pode ser usado na medicina

Na edição de fevereiro do periódico Journal of Molecular Liquids, um novo estudo trouxe à tona um slime que gera eletricidade quando espremido. São várias as pomessas dessa invenção, como aplicações médicas e até suporte à produção de energia verde.

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Os pesquisadores da Universidade de Guelph (Canadá)  escrevem que o slime pode formar diferentes estruturas no nível microscópico, permitindo que ele se organize em camadas ou em colunas.

Ao aplicar um campo elétrico, é possível mudar a estrutura do material. No artigo, os autores mencionam que esse slime pode ser instalado em pisos para ajudar a produzir energia limpa quando as pessoas pisassem nele.


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Mas outro modo de uso é que o slime também poderia ser colocado nas palmilhas de alguém para ajudar a analisar a maneira como andam.

E as possibilidades não param: os próprios pesquisadores encorajam que o slime seja usado como pele sintética em robôs, ajudando-os a aprender mais sobre o tato — algo semelhante ao que a pele de gel faz em robôs atualmente. Uma espuma inteligente também já ajudou a robótica a aprimorar o tato.

Slime pode ajudar na medicina

As propriedades do material também podem ajudar na administração de medicamentos específicos no corpo.

Slime fornece energia (Imagem: Pensini et al, 2025/Journal of Molecular Liquids)

Conforme os pesquisadores descrevem, funcionaria basicamente assim: a estrutura inicial desse slime poderia conter uma substância farmacêutica e então, quando um campo elétrico fosse aplicado, a estrutura mudaria para liberar o medicamento.

Composto totalmente por materiais naturais e compatíveis com o corpo humano, o slime tem 90% água e os outros 10% são feitos de ácido oleico e aminoácidos.

No entanto, o slime está longe de ficar pronto para ser usado na vida. Ainda há uma longa trajetória científica pela frente: “Nossa pesquisa futura analisará o efeito da temperatura nas interações e automontagem, em relação às propriedades ferroelétricas dos materiais”, conclui o artigo científico.

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