Cientistas conseguem a 1ª imagem de galáxias na “teia cósmica”

Astrônomos identificaram um filamento espetacular na chamada teia cósmica, uma estrutura 30 vezes maior que nossa Via Láctea. O filamento conecta duas galáxias ativas que já existiam quando o universo tinha apenas 2 bilhões de anos, e são o lar de buracos negros supermassivos se alimentando de matéria.

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  • Teia cósmica no universo local é mapeada por meio de simulação

A teia cósmica é composta por vários filamentos repletos de gás que serve como os ingrediente para a formação das estrelas nas galáxias. “Ao capturar a luz fraca emitida pelo filamento, que viajou por 12 bilhões de anos para chegar à Terra, conseguimos caracterizar seu formato com precisão”, disse Davide Tornotti, líder dos pesquisadores.

Segundo ele, esta foi a primeira vez em que os pesquisadores conseguiram usar medidas diretas para delinear a divisão entre o gás nas galáxias e o material no interior da teia cósmica. A tarefa não é fácil, afinal, os filamentos da teia são feitos da misteriosa matéria escura, que tem este nome porque não interage com a luz e, portanto, é invisível. 


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Imagem da detecção da teia cósmica (esq) e gases no filamento cósmico que une as galáxias (dir) (Reprodução/Joseph DePasquale/Space Telescope Science Institute/Davide Tornotti/University of Milano-Bicocca)

Os autores do novo estudo dedicaram várias horas à observação da estrutura com a ajuda do instrumento MUSE (Multi Unit Spectroscopic Explorer), do Very Large Telescope, no Chile. Depois, eles criaram simulações com um supercomputador para calcular as emissões que deveriam aparecer nos filamentos gasosos com base no modelo padrão da cosmologia.

“Quando comparamos a nova imagem da teia cósmica em alta definição, descobrimos muita correspondência entre a teoria atual e as observações”, finalizou Tornotti. Agora, os pesquisadores querem encontrar mais filamentos da teia. “Estamos coletando mais dados para revelar mais estruturas assim, com o objetivo final de ter uma visão compreensiva de como o gás é distribuído e flui pela teia cósmica”, concluiu.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Nature Astronomy.

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