Ibaneis enviará pedido de reajuste às forças de segurança na 2ª feira

O governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou, na manhã desta sexta (14/2), que encaminhará um ofício com pedido de reajuste para as forças de segurança do Distrito Federal na próxima semana.

“Na segunda-feira [17/2], faremos o anúncio do encaminhamento do aumento. Estaremos junto dos sindicatos e parlamentares da área de segurança para anunciar o encaminhamento desse ofício”, adiantou Ibaneis.

O anúncio ocorreu durante a inauguração da Escola Pública Integral Bilíngue Libras e Português Escrito do Plano Piloto, nesta manhã.

No fim do mês passado, Ibaneis disse à coluna Grande Angular estar “empenhado na valorização das forças de segurança e com o compromisso de equiparação salarial com a Polícia Federal, que será trabalhado de acordo com as condições financeiras do Distrito Federal, sem comprometer os projetos de desenvolvimento da nossa cidade”.

Entenda

  • Policiais civis e militares e bombeiros do Distrito Federal querem equiparação salarial com a PF.
  • Impacto seria de R$ 2,9 bilhões até 2026.
  • GDF analisa os dados e negocia a recomposição.
  • Após chegar a um acordo com as categorias, o governo local deve encaminhar mensagem formal ao Palácio do Planalto pedindo o reajuste salarial.
  • O aumento necessita de aprovação do Congresso Nacional.

O governador diz reconhecer “o bom trabalho que os policiais e bombeiros fazem pelo Distrito Federal”. “Dei o maior reajuste dos últimos 20 anos. Veja o desastre que estávamos vivendo por falta de recomposição das forças nos governos anteriores”, enfatizou.

A recomposição dos policiais e bombeiros da capital do país ainda depende da Presidência da República e de aprovação do Congresso Nacional.

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E equiparação com a Polícia Federal

Policiais civis do DF em assembleia
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Policiais civis do DF pedem reajuste salarial

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E equiparação com a Polícia Federal

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Policiais civis do DF em assembleia

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Reprodução/PCDF

A negociação com representantes das polícias Civil e Militar, bem como do Corpo de Bombeiros, é liderada pelo secretário de Economia do Distrito Federal, Ney Ferraz Júnior, e conta com participação do secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha.

O presidente da Câmara Legislativa (CLDF), Wellington Luiz (MDB), e os deputados distritais Doutora Jane (MDB), Hermeto (MDB) e Roosevelt (PL) têm atuado na interlocução com as forças de segurança.

Os policiais civis reivindicam a retomada da paridade salarial com a Polícia Federal. Os policiais militares e os bombeiros também querem o mesmo tratamento.

A coluna apurou que as categorias pedem reajuste salarial em duas parcelas: uma em 2025 e outra até abril de 2026. O impacto do aumento seria de R$ 2,9 bilhões até o fim do ano que vem. O percentual de recomposição varia de acordo com o cargo e a classe do servidor. São esses números que ainda estão em análise no GDF.

O secretário de Economia do DF disse que a pasta analisa os dados. “Não vou medir esforços para chegar a essa recomposição das forças policiais de forma que ocorra a equiparação com as forças policiais federais. A valorização do servidor público é uma das marcas do governo Ibaneis”, afirmou Ney.

O presidente da CLDF, Wellington Luiz, disse que a paridade salarial com a PF “é um direito dos policiais civis, que foi perdido ao longo dos anos”. “A gente tem, pelas mãos do governador, a oportunidade de resgatar aquilo que, de fato, sempre ocorreu. A ideia é que os efeitos comecem em maio, mas ainda vamos discutir. A parte técnica está avançada. Agora, é trabalhar a parte política para resolver isso o mais rápido possível”, declarou.

Trâmite

Os salários da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), da Polícia Militar (PMDF) e do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) são pagos com recursos da União, que transfere os valores para o GDF por meio do Fundo Constitucional do DF.

Além de custear a segurança, o FCDF paga parte das despesas da saúde e da educação da capital do país. Em 2025, o fundo corresponde a R$ 25 bilhões dos R$ 66,6 bilhões do orçamento do DF.

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