Policiais têm que revezar uso de coletes à prova de bala em Campinas

São Paulo — Policiais militares de Campinas, no interior do estado de São Paulo, foram orientados a revezar entre si os coletes à prova de bala que estão dentro da validade depois que dezenas de equipamentos atingiram a data de vencimento e precisaram ser descartados neste fim de semana.

O Metrópoles teve acesso a documentos internos com instruções para que as equipes do 8º e do 47º Batalhões de Polícia Militar do Interior (BPM-I), ambas de Campinas, se planejem para revezar os coletes.

“A partir da data do vencimento do EPI [Equipamento de Proteção Individual], todos os CGPs [Comandos de Grupo Patrulha] e efetivo desta UOp [Unidade Operacional] deverão realizar ajustes necessários entre os policiais militares, abaixo citados, das suas respectivas equipes, a fim de promover revezamento de uso de coletes balísticos entre PMs, de modo que nenhum militar do Estado trabalhe no Serviço Operacional com colete balístico “vencido”, diz um documento assinado pelo capitão Ricardo Aparecido Magalhães e direcionado à 2ª Companhia do 47º BPM-I.

Já uma ordem de serviço do 8º BPM-I diz que 114 coletes do batalhão venceram neste sábado (15/2) e determina aos comandantes de companhia que se planejem e recolham os equipamentos dentro da validade para que eles possam ser revezados.

O documento afirma ainda que 18 coletes da 1ª Companhia, 21 da 2ª, 18 da 3ª, e mais 18 da 4ª atingiram o prazo de validade.

O Metrópoles questionou a Secretaria da Segurança Pública (SSP) sobre o revezamento do equipamento que deve ser de uso individual. Em nota, a pasta disse que a “Polícia Militar, por meio da Diretoria de Logística e do Centro de Material Bélico (CMB), adquiriu 17.000 coletes de proteção balística para o efetivo, com o objetivo de repor os coletes com vencimento previsto para 2025. Os equipamentos serão entregues gradativamente no decorrer deste ano”.

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