Para PGR, Bolsonaro deu “curso prático” ao plano de golpe em live

Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deu “curso prático” a um suposto plano golpista durante uma transmissão ao vivo em 2021. Ele e outras 33 pessoas foram denunciadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta terça-feira. O STF vai decidir se os torna réus.


Bolsonaro denunciado

  • A PGR apresentou denúncia ao Supremo Tribunal Federal contra Bolsonaro e outras 33 pessoas, acusadas de tentativa de golpe de Estado. 
  • De acordo com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, Bolsonaro foi o líder da organização criminosa que planejou a ação. 
  • Agora, a decisão sobre a abertura, ou não, de uma ação penal está nas mãos do STF. 

De acordo com a PGR, o tom de ruptura democrática pregado por Bolsonaro e apoiadores cresceu a partir de 2021, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou condenações contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

“Começaram, então, práticas de execução do plano articulado para a manutenção do poder do Presidente da República não obstante o resultado que as urnas oferecessem no ano seguinte”, diz um trecho da denúncia.

Uma destas práticas aconteceu em julho de 2021, durante uma das tradicionais lives de Bolsonaro no Palácio do Planalto.

“Em 29.7.2021, Jair Bolsonaro deu curso prático ao plano de insurreição por meio de transmissão ao vivo das dependências do Palácio do Planalto pela internet. Retomou as críticas, embora vencidas, ao sistema eletrônico de votação e exaltou a atuação das Forças Armadas”, diz um trecho da denúncia apresentada pela PGR.

Na ocasião, o ex-presidente falou por mais de duas horas e citou fraudes nas urnas eletrônicas nas eleições de 2018, sem apresentar qualquer prova. Ele ainda fez críticas contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e defendeu que o voto impresso fosse adotado no Brasil.

 

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