Trump chama Zelensky de ditador e faz alerta sobre perda da Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de “ditador” nesta quarta-feira (19/2) e sugeriu que, se não agir rapidamente, ele pode “perder seu país”.

“Um ditador sem eleições, Zelensky é melhor agir rápido ou não terá mais um país”, escreveu Trump em sua plataforma de redes sociais, a Truth Social.

O ataque do presidente norte-americano ocorre em meio às negociações de paz entre Washington e Moscou, visando encerrar a guerra na Ucrânia. A negociação que exclui a própria Ucrânia e a União Europeia tem sido alvo de críticas.

“Enquanto isso, estamos negociando com sucesso o fim da Guerra com a Rússia, algo que todos admitem que somente “TRUMP” e a Administração Trump podem fazer”, provocou o presidente dos EUA.

Donald Trump criticou Zelensky por supostamente manipular o governo anterior dos EUA e também atacou a gestão do democrata Joe Biden, declarando que os EUA gastaram aproximadamente S$ 350 bilhões com ajuda à Ucrânia, e não receberam “nada em troca”.

“Volodymyr Zelensky convenceu os Estados Unidos da América a gastar US$ 350 bilhões de dólares para entrar em uma guerra que não poderia ser vencida, que nunca teve que começar. Uma guerra que ele, sem os EUA e Trump, nunca será capaz de resolver. Os Estados Unidos gastaram US$ 200 bilhões a mais do que a Europa e o dinheiro da Europa está garantido, enquanto os Estados Unidos não receberão nada de volta, porque Joe Biden sonolento não exigiu a equalização”.

Trump finalizou dizendo: “Eu amo a Ucrânia, mas Zelensky fez um trabalho terrível. Seu país está destruído, e milhões morreram desnecessariamente”.

Zelensky declarou que não pode ‘vender’ a Ucrânia

Antes da reação de Trump, Zelensky disse que não pode “vender” a Ucrânia e rejeitou o acordo proposto de trocar terras raras e ricas em mineiras do país, por apoio. Trump chamou o líder ucraniano de “comediante modestamente bem-sucedido”.

O ucraniano afirmou que Trump vive em uma bolha de desinformação gerada pela Rússia e o desafiou a lhe tirar do cargo, após o norte-americano sugerir que a Ucrânia deveria realizar novas eleições.

No início do mês, Donald Trump dispôs sua ajuda ao governo ucraniano a uma troca envolvendo o direito a terras ricas em minerais. Em seguida, Zelensky afirmou que estava aberto a negociar uma parceria com os EUA para “deter Putin”. Entretanto, após a Ucrânia ser excluída das conversas sobre um possível acordo de paz, ele declarou: “Não posso vender a Ucrânia”.

Volodymyr Zelensky rejeitou as exigências dos EUA de garantir US$ 500 bilhões em riqueza mineral da Ucrânia. O valor seria um “reembolso” pela ajuda fornecida durante a guerra. O ucraniano declarou que os Estados Unidos não forneceram nem perto dessa quantia.

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