Mosquitos fazem mais do que picar? 3 comportamentos quase desconhecidos

Os mosquitos são os grandes inimigos da saúde pública, especialmente o mosquito da dengue (Aedes aegypti) no Brasil. No entanto, picar e sugar sangue está longe de ser o principalmente comportamento desse grupo de insetos, composto por cerca de 3,5 mil espécies. Na verdade, eles desempenham uma importante função na manutenção dos ecossistemas naturais.

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Pensando nos mosquitos, vale apontar pelo menos três comportamentos importantes para a preservação do meio ambiente — as funções ecológicas desses insetos —, sem envolver o sangue humano e de nenhuma outra espécie.

O problema é que, com o aumento das temperaturas médias provocado pelas mudanças climáticas e por outros fatores, eles estão se multiplicando mais do que deveriam, causando desequilíbrio. Nesse cenário, há a proliferação de inúmeras doenças transmitidas por esses vetores, como dengue, zika, malária e febre oropouche. Isso aumenta a sensação de que são uma “praga”.


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1. Polinização das flores

“O alimento fundamental de todos os mosquitos adultos é o açúcar vegetal e os seus nutrientes associados, na maioria das vezes na forma de néctar floral”, afirma o cientista Daniel Peach, do departamento de zoologia da Universidade da Colúmbia Britânica, em artigo na plataforma The Conversation.

Mosquitos fazem mais do que picar e são fundamentais no processo de polinização das flores (Imagem: Sophia Nel/Pixabay)

“No processo de busca de néctar, os mosquitos polinizam muitas das flores que visitam. Esta é uma das funções ecológicas dos mosquitos mais comumente negligenciadas”, pontua o pesquisador canadense.

Aqui, é importante destacar que, entre as espécies que picam, são exclusivamente as fêmeas que se alimentam do sangue, como parte do processo de desenvolvimento dos seus ovos.

2. Decomposição de matéria orgânica

Embora os mosquitos sejam mais conhecidos por terem asas e zumbirem insistentemente à noite, eles nascem a partir de ovos e, por alguns dias, vivem na forma de larvas, dentro de poças de água e lagos, por exemplo. 

“As larvas do mosquito crescem consumindo microrganismos, como algas e micróbios”, comenta Daniel. Nesse estágio, elas também ajudam no processo de decomposição da matéria orgânica. 

3. Base da cadeia alimentar

Durante toda a vida, um mosquito compõem a base da cadeia alimentar do ecossistema em que está inserido. Por exemplo, as larvas são a base da cadeia alimentar aquática, servindo como uma rica fonte de nutrientes para diferentes predadores, como peixes e aves. 

Já “os mosquitos adultos são comidos por muitas criaturas, incluindo pássaros, morcegos, sapos e outros insetos”, explica o cientista. No Brasil, são também um prato típico das lagartixas. 

Embora os mosquitos tenham a fama de pragas por causa de seus parentes que sugam sangue, “nem todas as espécies de mosquitos são responsáveis ​​pela disseminação de patógenos”, completa Daniel, destacando a importância deles na natureza.

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