Quanto pesa, do que é feita e quem criou a estatueta do Oscar?

 

Quando a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas foi fundada, em 1927, ela logo definiu um de seus objetivos principais: criar uma premiação para homenagear grandes feitos da indústria do cinema e encorajar a excelência em novas produções.

Uma premiação, com o perdão da redundência, precisa de um prêmio. E o encarregado da tarefa de criar um prêmio foi Cedric Gibbons, diretor de arte do estúdio MGM na época. O design que ele criou permanece até hoje: um cavaleiro segurando uma espada, em pé sobre um rolo de filme com cinco divisões, que representam os cinco ramos originais da Academia (atores, diretores, produtores, técnicos e roteiristas).

Um escultor de Los Angeles, George Stanley, foi escalado para criar a estátua final. Ele declarou ter esculpido o item sem utilizar nenhum modelo vivo. Mas há uma anedota em Hollywood, cuja veracidade nunca poderá ser comprovada, de que Emilio Fernández, um figurante mexicano, posou nu para Stanley.

De 1929 para cá, a estatueta permaneceu praticamente igual, com apenas o tamanho da base mudando até o ano de 1945, quando chegou às dimensões que permanecem na atualidade. Em 2016, houve um leve redesenho no artefato para deixá-lo mais próximo ao design original, recuperando as influências do estilo Art-Deco.

Embora o nome oficial seja Prêmio de Mérito da Academia, a estatueta ganhou o apelido de Oscar quando uma bibliotecária da Academia (e futura diretora executiva), Margaret Herrick, viu o item e comentou que ele se parecia com seu tio Oscar.

Nem a Academia sabe exatamente se essa história é verdade, mas é fato que ela é a mais repetida. Outra possível versão é que o apelido teria sido dado pela atriz Bette Davis, que achou que a estatueta se parecia com seu primeiro marido, Harmon Oscar Nelson.

O apelido “Oscar” já era famoso ao longo da década de 1930, mas só começou a ser usado oficialmente a partir de 1939.

Quanto pesa e do que é feita uma estatueta do Oscar?

As estatuetas são de bronze maciço e banhadas com ouro de 24 quilates. Devido à escassez de metal durante a Segunda Guerra Mundial, por um período de três anos, os Oscars foram feitos de gesso pintado. Após a guerra, a Academia convidou os premiados a trocar suas figuras de gesso pelas versões de metal.

Os Oscars começam a ser produzidos em janeiro, na cidade de Nova York, por uma empresa chamada Polich Tallix Fine Art Foundry. A produção começa com um modelo feito por impressora 3D que é usado para criar uma versão de cera. Essa versão é, então, usada para criar um molde de silicone, que, por sua vez, é usado para criar mais estátuas de cera. Essas estátuas são mergulhadas em areia de sílica para criar uma casca.

Aí, vai tudo para o forno. A cera derrete e deixa a casca intacta, que depois é preenchida por bronze derretido. Após tudo esfriar, a casca é quebrada com um martelo e a estátua de bronze está pronta. Ela vai para a fase de acabamento, que retira imperfeições com trabalho manual, e, depois, é polida. Por fim, é encaminhada para outra empresa, a Epner Technology, também baseada em NY, que faz o revestimento de ouro.

As estátuas que os artistas recebem na premiação não possuem as placas de identificação do vencedor — elas são colocadas mais tarde, nos bastidores. Cada cerimônia possui várias estatuetas além do número de indicações para o caso de empates e caso haja múltiplos premiados dentro de uma mesma categoria.

Ah, e uma curiosidade: é proibido vender um Oscar, segundo as regras oficiais. Caso um vencedor queira se desfazer de sua estatueta, ele precisa, antes, oferecer o item de volta à Academia.

A ESTÁTUA DO OSCAR

  • Altura: 34,29 cm
  • Peso: 3,8 kg
  • Mais de 3 mil estatuetas já foram entregues
  • Primeiro vencedor: Emil Jannings, Melhor Ator em 1929
  • Maior vencedor: Walt Disney, com 26 estatuetas

Fonte: Revista Galileu

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