ES: coronel que se meteu em briga com prefeito diz ter sido agredido

O coronel da Polícia Militar do Espírito Santo envolvido em confusão com o prefeito de Vitória (ES), Lorenzo Pazolini (Republicanos), alega que a situação aparentava ter sido organizada e que foi motivada por brigas entre a Prefeitura e o governo do estado. De acordo com Sérgio Luiz Anechini, em nenhum momento ele fez menção de sacar a arma.


Sobre o caso

  • A situação ocorreu por volta das 3h da madrugada desse domingo (23/2), durante o desfile da Mocidade Unida da Glória (MUG), em Vitória.
  • Em vídeo registrado no momento da confusão, Pazolini aparece tentando gravar o subsecretário da Casa Militar do Espírito Santo, Sérgio Luiz Anechini, e tem o celular retirado de sua mão.
  • Em dado momento, o prefeito tem seu rosto atingido com uma peça de roupa e perde o equilíbrio, caindo no chão.
  • O prefeito alegou em nota que foi “alertado sobre um homem portando arma de fogo em local visível que teria agredido uma mulher que trabalhava na segurança do evento”.

Em entrevista ao Metrópoles o militar explica que, pela função que ocupa, acompanha o governador Renato Casagrande (PSB) em seus deslocamentos e havia feito isso na sexta-feira (21/2) usando a pulseira fornecida pela Liga das Escolas de Samba que dá acesso a áreas comuns.

“No sábado, a pulseira era da cor vermelha e tinha a mesma finalidade, de acesso livre. Assim que que eu deixei o governador em uma área com outros seguranças, eu fui atender minha esposa, que estava em outro camarote. O mesmo corredor em que fui proibido de passar momentos antes da confusão, eu já havia passado cinco vezes só naquela noite, sem nenhuma restrição e com liberação de seguranças de camisa preta.”

Anechini conta que, ao retornar pelo mesmo corredor com a esposa, ela foi liberada e ele teria sido barrado, desta vez por um segurança com outra vestimenta. Com a negativa, ele mostrou a pulseira e alegou que que tinha acesso e estava apenas indo para o seu camarote de origem.

“Ele me disse que ‘eu não havia entendido e que não passaria lá sob hipótese nenhuma’. Eu achei estranha a frase, por se tratar um corredor. Quando tentei passar, comecei a ser agredido e rasgaram a minha blusa e ouvi alguém avisar que eu estava armado. No intuito de proteger a arma, vesti rapidamente o abadá que estava pendurado na minha bermuda.”

De acordo com o subsecretário da Casa Militar do Espírito Santo, nesse momento o prefeito e sua equipe já “estavam ali com o celular e câmeras apontadas”. Ele supõe que tudo já estava organizado por conta da oposição ao governador. “Em outras ocasiões, nós percebemos ele até um pouco descontrolado e descompensado emocionalmente com a presença do governador. A cena aconteceu coincidentemente quando ele está próximo de uma área que é de passagem e quando eu tinha absoluta permissão para transitar.”

Após tirar o telefone da mão do prefeito que o filmava, ele afirma ter sido mobilizado por um homem que possuía a mesma pulseira que a sua e estava transitando na pista de desfile. “Fui imobilizado, não reagi e minha esposa, na tentativa de afastá-lo, utiliza o pano da minha camisa e ele simula a queda.”

Sobre a suposta agressão a uma segurança

Sobre a acusação de ter agredido uma segurança, Sérgio diz que em momento algum notou a presença da mulher durante a confusão. Ele só viu a mulher no momento de registrar o boletim de ocorrência e, depois, em gravação, após uma testemunha dizer que viu ela o agredindo por trás no momento em que rasgaram sua blusa.

“Só depois que eu percebi que minhas lesões nas costas são de unhas e que foram provocadas por ela.”

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