Associação de investidores vai à Justiça contra Esh Capital e Timerman

A Associação Brasileira de Investidores (Abradin) apresentou à Justiça de São Paulo uma ação contra a gestora de fundos de investimentos Esh Capital e seu administrador, Vladimir Timerman.

Protocolada no começo da semana passada, a ação civil pública acusa a Esh de causar prejuízos a investidores, manipular preços no mercado e criar “condições artificiais de demanda” para lucrar com cotas do fundo Esh Theta.

Segundo a Abradin, o processo foi apresentado depois de a entidade ter recebido reclamações de associados, que cobravam medidas contra a gestora. Timerman é conhecido no mercado por comprar participações minoritárias em empresas e, a partir destas posições, partir para o embate contra os controladores – usando, quase sempre, métodos controversos.

Um dos conflitos mais notórios do investidor nessa seara se dá na incorporadora Gafisa, em uma briga em que ele se opõe a Nelson Tanure, maior acionista da companhia. A ação na Justiça contra a Esh acusa a gestora de manipulações e ilegalidades em relação à Gafisa e outras duas empresas: a Terra Santa Propriedades Agrícolas e a Mobly.

A Abradin afirmou no processo que Timerman se vale de sua condição de influenciador no meio financeiro para espalhar nas redes sociais informações falsas e deturpadas a respeito das empresas. Com isso, teria lucros em suas posições e causaria prejuízos a investidores.

A entidade pede que a Justiça de São Paulo proíba o investidor e a Esh de promoverem operações fraudulentas e manipulação de preços e os condene a ressarcir investidores e acionistas lesados e a pagar indenização por danos morais coletivos. O valor mínimo citado a título de reparação é de R$ 20 milhões.

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