“Nós superamos”, diz Haddad após crise com agro por Plano Safra

A crise envolvendo o governo federal e o agronegócio por causa da suspensão de linhas de crédito do Plano Safra 2024/2025 está superada. Ao menos é o que garantiu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), nesta segunda-feira (24/2), em entrevista coletiva, em São Paulo.

Haddad participou da abertura do “P3C – PPPs e Concessões: Investimentos em Infraestrutura no Brasil”, evento organizado pela B3. O encontro reuniu representantes dos setores públicos e privados para debater concessões e parcerias no setor de infraestrutura.

Na última sexta-feira (21/2), Haddad anunciou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) editaria uma Medida Provisória (MP) para liberar crédito extraordinário de R$ 4 bilhões para atender as linhas de crédito do Plano Safra.

Segundo o ministro, a decisão por uma MP atende determinação do presidente da República, que demandou uma “solução imediata” para o problema para não descontinuar o plano.

Nesta segunda-feira, após o evento da B3 em São Paulo, o ministro da Fazenda disse que a crise está resolvida.

“Nós superamos. Falei pessoalmente com os deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária [FPA] e nós achamos um caminho satisfatório para que não haja descontinuidade nas linhas de crédito”, afirmou Haddad.

“Sempre que o Orçamento não é aprovado [pelo Congresso Nacional], dificulta um pouco a execução, porque você tem regras muito rígidas. São regras que valem por um período”, explicou o ministro.

“Isso foi feito para o Plano Safra e pode acontecer com outras questões. Mas, até o momento, não tem nada no radar que nos preocupe. Até porque o Congresso tem manifestado preocupação e deve aprovar o Orçamento brevemente, depois do Carnaval”, completou Haddad.

Suspensão de linhas de crédito

Na semana passada, linhas de crédito do Plano Safra foram suspensas pelo Tesouro Nacional em razão do atraso na aprovação do Orçamento de 2025 pelo Congresso.

Após conversas entre Lula e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, foi decidida a edição da MP. Bancos já foram informados de que haverá solução de continuidade das linhas de crédito.

Segundo Haddad, o crédito extra respeita os limites do arcabouço fiscal.

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