Indígenas Parakanã denunciam ataques de pistoleiros com metralhadoras

A população indígena da etnia Parakanã, no Pará, informou que o povo tem sido alvo de pistoleiros, armados com metralhadoras. O último ataque ocorreu na madrugada de quarta-feira (19/2), por volta das 2h. A comunidade reside na Terra Indígena Apyterewa, território que possui 773 mil hectares e que já passou por operação de desintrusão pelo governo federal.

A TI fica localizada no município de São Félix do Xingu, no sudoeste do estado.

Por meio de relatos da ocorrência por parte da comunidade indígena, o Ministério Público Federal (MPF) recebeu a denúncia na quinta-feira (20/2) e o caso segue sob investigação da Polícia Federal (PF) a pedido do órgão. Uma audiência judicial sobre os ataques está marcada para esta segunda-feira (24/2).

De acordo com o MPF, na sexta-feira (21/2) foi enviado um ofício à PF solicitando que as informações sobre os ataques fossem acrescentadas ao inquérito policial, que já está em andamento na corporação sobre os ataques aos Parakanã.

As informações indicam que os ataques acontecem em uma região onde havia uma ponte, utilizada pelos invasores do território dos Parakanã. De acordo os indígenas do local, os pistoleiros realizam ordens sob comando de fazendeiros, o que gera preocupação nos nativos, já que diversas crianças e idosos residem na comunidade.

Por meio de nota, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) diz que “o povo está profundamente pertubado e com grande temor de que os ataques persistam”.

 

 

 

 

 

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