Corte dos EUA nega pedido de Rumble e Trump Media contra Moraes

A Justiça dos Estados Unidos negou pedido de liminar da plataforma Rumble e da Trump Media & Technology, que pertence ao presidente dos EUA, para que possam ignorar ordens do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A Corte dos EUA considerou que os pronunciamentos e diretrizes emitidos por Moraes “estão em conformidade com a Convenção de Haia, à qual os Estados Unidos e o Brasil são ambos signatários”.


Guerra do Rumble contra Moraes

  • Espécie de YouTube dos conservadores, a plataforma Rumble foi fundada em 2013 pelo empresário canadense Chris Pavlovski.
  • Em 2023, a plataforma chegou a interromper as atividades no Brasil após Alexandre de Moraes determinar a remoção de alguns conteúdos e usuários da plataforma. O caso aconteceu após o ministro pedir a derrubada de perfis, como o do influenciador Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark, e de outros nomes da direita brasileira.
  • Na época, o influenciador, que já chegou a defender o nazismo, realizou uma transmissão em que colocou dúvidas sobre a eleição presidencial de 2022, sem que provas fossem apresentadas.
  • O Rumble voltou a operar em solo brasileiro no início deste ano.
  • Ao lado de um grupo empresarial de Trump, a rede social entrou com ação mirando o ministro Moraes, acusado por eles de violar a liberdade de expressão. Eles pedem que a Justiça conceda salvaguardas para as duas empresas contra decisões do ministro do STF.

A ação das empresas norte-americanas ocorreu após Moraes determinar, nessa sexta-feira (21/2), a suspensão imediata do funcionamento do Rumble no Brasil. A medida é válida até que a plataforma cumpra as decisões do STF e indique um representante legal no Brasil. Além disso, o ministro impôs multa diária de R$ 50 mil.

No pedido, ao qual o Metrópoles obteve acesso, o Rumble e a Trump Media & Technology, solicitaram uma liminar — medida de caráter imediato e temporário que serve para antecipar efeitos de uma decisão, antes do julgamento — para não serem obrigados a cumprir as determinações do ministro do STF.

“Na ausência de intervenção judicial imediata e medida liminar, os requerentes sofrerão ainda mais danos irreparáveis, incluindo a perda das liberdades da Primeira Emenda [da Constituição dos Estados Unidos], desafios operacionais adicionais e uma erosão permanente da confiança do usuário”, reclamaram as empresas.

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O ministro Alexandre de Moraes

Moraes é desafiado por bolsonaristas na rede social de Donald Trump
O ministro do STF Alexandre de Moraes
Alexandre de Moraes é o relator do inquérito do golpe no STF
Relator do inquérito contra Bolsonaro, Moraes integra 1ª turma do STF
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Grupo de Trump acusa Alexandre de Moraes de promover censura em plataformas sociais

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