Expedição registra encontro raro com enguias na Nova Zelândia

Na última sexta-feira (21), ao documentar cursos de água na Nova Zelândia, uma equipe de pesquisadores da expedição Edges of Earth teve um encontro marcante com um grupo de 30 enguias, antes de sua migração de mais de 1.600 quilômetros até Tonga.

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As enguias-de-barbatana-longa (Anguilla dieffenbachii) são as maiores enguias de água doce endêmicas da Nova Zelândia. Elas vivem entre 25 e 80 anos em rios, lagos e pântanos antes de iniciarem uma única e épica migração para se reproduzir.

Ao chegarem a Tonga, as fêmeas depositam seus ovos em águas profundas, onde são fertilizados pelos machos. Em seguida, as enguias adultas morrem, completando seu ciclo de vida.


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Os especialistas da equipe Edges of Earth contam que as larvas eclodem e iniciam uma jornada de retorno à Nova Zelândia, sendo transportadas pelas correntes oceânicas até que possam se estabelecer novamente em habitats de água doce.

Enguia-de-barbatana-longa

As enguias-de-barbatana-longa (também chamadas de enguias longfin) são conhecidas por sua longevidade e grande porte, podendo atingir mais de 1,5 metro de comprimento e pesar até 25 kg. Elas possuem uma pele lisa e viscosa, com coloração variando entre marrom-escuro e preto, o que lhes proporciona uma camuflagem eficiente nos ambientes aquáticos.

Alimentação e comportamento

Possuem uma dieta variada, alimentando-se de peixes, invertebrados, anfíbios e até pequenos mamíferos. Seu comportamento é noturno, preferindo caçar durante a noite e se esconder sob troncos ou vegetação durante o dia.

Essas enguias também têm uma adaptação notável para viver em ambientes diversos, podendo sobreviver em condições de baixa oxigenação. Os especialistas ainda comentam sobre um comportamento territorial e a capacidade de  viajar grandes distâncias em busca de alimento ou durante sua migração reprodutiva.

Ameaças e conservação da espécie

Essas enguias, conhecidas como “atum” na cultura Māori, possuem grande valor cultural e ecológico. No entanto, sua população está em declínio devido à perda de habitat, pesca excessiva e mudanças ambientais. Especialistas alertam que a conservação da espécie é essencial para evitar sua extinção e garantir o equilíbrio dos ecossistemas de água doce.

Seu futuro é incerto – perda de habitat, pesca excessiva e pressões ambientais levaram ao declínio populacional, tornando os esforços de conservação mais críticos do que nunca.

O registro recente da expedição ressalta a importância de proteger as enguias e aprofundar os estudos sobre seu ciclo de vida, garantindo um futuro mais seguro para essa espécie.

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