Fendi aposta nas memórias do seu centenário em desfile sobrecarregado

Silvia Venturini Fendi era criança quando acompanhava sua mãe, Anna, no ateliê da grife da família, em Roma. Uma empresa familiar, sim, mas também uma das etiquetas mais importantes da moda no último século. Um século, inclusive, é a idade que a Fendi completa em 2025. Agora, com Silvia no comando criativo, a grife reviveu momentos de sua história no desfile de outono/inverno 2025, no Milão Fashion Week, na última quarta-feira (26/2).

fendi desfile outono inverno 2025 milão fashion week - metrópoles
A brasileira Adriana Lima desfilou um dos looks de destaque na passarela

 

Com uma coleção que exaltou a estética dos anos 1960 e 1970 — quando a fértil mente infantil de Silvia começava a ter contato com a moda—, a Fendi comemorou seus cem anos de existência em uma passarela no tom de vermelho tijolo, remetendo ao ateliê de Roma onde a diretora criativa passou a infância.

As peças por ela apresentadas trouxeram referências diretas à herança da marca, que começou sua trajetória vendendo bolsas e estolas de pele. As memórias foram intercaladas com itens modernos, mas que não fogem da tradição de casacos grandiosos, vestidos longos, rendas e paetês.

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Referências aos anos 1960

 

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Casacos grandiosos são uma das assinaturas da marca

 

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Grife contou com o retorno de importantes modelos ao longo de sua história, como Yasmin Le Bon e Adriana Lima

 

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Fendi explorou o excesso de acessórios

 

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Rendas em diferentes abordagens

 

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Looks modernos também estiveram presentes

 

Ao longo da coleção, o que mais chamou atenção foram as peças que equilibravam o clássico e o contemporâneo: um vestido bege com transparência, evocando os anos 1920, era de grande crescimento da Fendi; um casaco de faux fur que mescla tons de marrom escuro e claro, em um padrão que recria o logotipo da marca; e as bolsas, sempre um ponto alto da Fendi.

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Alusão ao estilo dos anos 1920

 

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Casaco com padrões geométricos

 

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Clássicas bolsas da Fendi marcaram a coleção

 

Fendi no MFW: nostálgica, mas “pesada”

No entanto, se por um lado a cartela de cores sóbrias e os materiais sofisticados provaram a imutável sofisticação da Fendi, por outro, a estética do desfile acabou se tornando excessivamente “pesada”. A marca se perdeu no meio de tantas referências históricas, resultando em um visual quase militarizado. Diferente da Gucci, que conseguiu misturar diversas décadas com harmonia, a Fendi, em certos momentos, pareceu rígida demais, como um exército de soldados desfilando na passarela. Ainda assim, não há como negar a grandiosidade dos cem anos de história da grife.

Assista ao desfile na íntegra:

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