Gleisi Hoffmann assumirá Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva colocou a presidente do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-SP) no comando da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), ministério responsável pela articulação política do governo. A informação foi confirmada oficialmente pelo Palácio do Planalto no início da tarde desta sexta-feira (28). A posse de Gleisi está marcada para 10 de março.

“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na manhã desta sexta-feira, 28 de fevereiro, com a deputada federal e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, e a convidou para assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República”, disse a nota.

Glesi substituirá Alexandre Padilha, também deputado petista que foi deslocado para o Ministério da Saúde com a demissão da ministra Nísia Trindade.

Gleisi era cotada para assumir um posto no Palácio do Planalto desde a transição de governo, no fim de 2022. À época, especulava-se que ela seria indicada para a Secretaria-Geral. Entretanto, Lula pediu a ela que continuasse à frente do PT e decidiu nomear Marcio Macêdo para o cargo.

Entretanto, o presidente tinha uma dívida de gratidão com Gleisi, sobretudo por sua atuação combativa à época em que Lula estava preso em Curitiba por conta da Operação Lava-Jato.

A chegada de Gleisi para o núcleo mais próximo de Lula, com um ministério do Planalto, gera receio em ministros e secretários palacianos. Além disso, pelo seu perfil combativo, ela tem um histórico de atritos com outros partidos, que remontam, sobretudo, à época do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016 – chamado de “golpe” por ela e pela militância petista.

Também por isso, seu nome encontrava resistência de partidos do Centrão, que hoje compõem a base de Lula, mas que estiveram em favor do impedimento de Dilma.

Além das relações políticas com o Congresso, Gleisi terá controle sobre o fluxo de bilhões de reais em emendas parlamentares ao Orçamento. Embora essas emendas sejam impositivas, o ritmo de sua liberação depende muito dos trabalhos da SRI.

Fonte: Valor Econômico

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