Amapá: Waldez Góes visita produtores de açaí e destaca importância do microcrédito

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, esteve nesta sexta-feira (28) no município de Mazagão (AP) para visitar produtores da cooperativa Bio+Açaí.

No início deste mês, a empresa Bacio di Latte — gelateria de alto padrão, com mais de 200 lojas no Brasil — firmou uma parceria com a Bio+, que agora fornece a fruta, oriunda do bioma amazônico, para a produção de sorvetes comercializados em todo o país.

“O nosso Amapá tem muito potencial para a produção de açaí e isso se comprova na escolha deles de valorizar o Mazagão. É muito importante que o trabalho desse povo passe a ser visto como negócio, pois são pessoas que, por décadas, faziam esse trabalho sozinhas”, disse Waldez Góes.

No ano passado, o MIDR lançou uma linha de microcrédito para estimular a agricultura familiar nas regiões Centro-Oeste e Norte. Foram previstos R$ 300 milhões em recursos financeiros operacionalizados pela Caixa Econômica Federal em áreas rurais, com repasses dos Fundos Constitucionais de Financiamento de ambas regiões. O programa faz parte de uma série de iniciativas do Governo Federal para promover a inclusão de famílias desbancarizadas. “Nunca, na história, foi feito microcrédito na Amazônia pelo FNO. Foi uma luta que eu travei para garantir isso para as famílias daqui. Só para o Amapá, são R$ 120 milhões. Tem muito dinheiro, mas o processo para garantir capilaridade ainda está lento”, comentou o ministro. 

Essa semana, Góes se reuniu com membros da Caixa Econômica Federal, do governo do Estado do Amapá e do Banco da Amazônia para realizar um balanço da utilização do microcrédito e cobrar agilidade na sua aplicação. 

A açaicultura, Varleny Nascimento, trabalha em Mazagão e ressalta a importância da atividade para a comunidade. “É importante que tenhamos políticas públicas que possam nos ajudar com a produção do açaí. É uma área que está crescendo muito dentro da nossa comunidade e, por isso, precisamos de ajuda para expandir e exportar o nosso produto”, compartilha a produtora. “Nosso sustento é tirado do açaí. Nosso foco é empreender”, finalizou Varleny. 

Rota do Açaí 

Pensando em desenvolver essa cadeia produtiva, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional conta com o Programa Rotas de Integração Nacional. As Rotas são redes de arranjos produtivos locais associadas a cadeias produtivas estratégicas capazes de promover a inclusão produtiva e o desenvolvimento sustentável nas regiões priorizadas pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). O Governo Federal já investiu mais de R$ 5 milhões para estruturação da Rota do Açaí no Amapá. 

Uma delas, e que está fortemente presente no Amapá, é a Rota do Açaí. O fruto originário da Amazônia se popularizou no País nas últimas décadas e ganhou mercados mundo afora pelos seus atributos nutricionais e antioxidantes. Os seus frutos, em sua maioria, são obtidos pelo extrativismo, atividade típica da agricultura familiar ribeirinha. O setor possui  grande potencial de geração de empregos e renda, tendo em vista que a cadeia produtiva envolve desde pequenos produtores, batedores e indústrias processadoras com reduzida necessidade de capital. 

Fonte: MIDR

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