Aumento de infecções reforça a necessidade da vacinação

(Foto: Freepik)

Com o início do ano letivo e a proximidade do Carnaval, cresce o risco de transmissão de doenças infecciosas, como gripes, resfriados, Covid-19 e infecções sexualmente transmissíveis, tornando a imunização ainda mais necessária. De acordo com o Ministério da Saúde, a taxa de cobertura vacinal contra a Covid-19 em crianças de até quatro anos é de apenas 32,4%. Além disso, os casos de coqueluche aumentaram drasticamente, registrando um crescimento de 31 vezes em relação ao ano anterior, com mais de 6.700 diagnósticos e 28 óbitos em 2024.

A pediatra e docente da Universidade Tiradentes (Unit), Izailza Matos, ressalta que essas doenças são mais frequentes nesses períodos do ano. “Entre os escolares, as infecções mais comuns incluem problemas respiratórios, como gripes, resfriados e Covid-19, além de conjuntivite, inflamações na garganta e distúrbios gastrointestinais. Já no Carnaval, as doenças predominantes são viroses respiratórias e infecções transmitidas pelo contato, como mononucleose, herpes labial, infecções sexualmente transmissíveis e leptospirose”, explica.

Diante desse cenário, a médica enfatiza a relevância da vacinação. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza 16 vacinas para crianças e adolescentes, protegendo contra 20 enfermidades. Além disso, há a vacina contra a dengue em áreas de maior risco e a imunização anual contra a Influenza. Entretanto, algumas vacinas ainda são pouco procuradas. “A adesão à vacina da Covid-19 continua baixa, apesar de seu papel crucial na redução de casos graves e óbitos”, alerta a especialista.

Vacinação e o impacto da desinformação

Embora a eficácia e segurança das vacinas sejam amplamente comprovadas pela ciência, parte da população ainda hesita em se imunizar devido a informações equivocadas. “Há quem acredite que a imunidade adquirida naturalmente seja superior à conferida pela vacina ou que o desenvolvimento da vacina contra a Covid-19 tenha sido acelerado demais, comprometendo sua segurança. Outros mitos comuns incluem a crença de que doenças erradicadas não exigem mais vacinação e de que múltiplas imunizações simultâneas podem sobrecarregar o sistema imunológico, aumentando o risco de reações adversas. Todas essas afirmações são incorretas e precisam ser combatidas com informações precisas e confiáveis”, ressalta a pediatra.

Desde 1973, o Brasil mantém um programa de vacinação exemplar, referência internacional no controle de doenças. As vacinas são desenvolvidas com rigorosos critérios científicos e garantem proteção contra diversas enfermidades. “A chave para aumentar a adesão é disponibilizar informações acessíveis e confiáveis que esclareçam dúvidas e enfrentem receios da população. Profissionais da saúde, gestores públicos e influenciadores desempenham um papel essencial na disseminação dessa conscientização. Todos devemos ser defensores da vacinação”, reforça a especialista.

Prevenção e cuidados necessários

Além da imunização, outras ações são essenciais para reduzir o risco de infecções nesse período. “No Carnaval, o uso de preservativos em todas as relações sexuais é indispensável. Também é fundamental evitar compartilhar copos, garrafas e objetos pessoais para reduzir a transmissão de doenças por saliva. Manter-se bem hidratado, moderar o consumo de bebidas alcoólicas, refrigerantes e energéticos – que podem intensificar a desidratação – e lavar as mãos frequentemente são cuidados indispensáveis”, orienta Izailza. Já no ambiente escolar, recomenda-se evitar o compartilhamento de brinquedos, alimentos e objetos pessoais, além de garantir boa ventilação nos espaços fechados.

A médica também sugere o uso de máscaras em locais com aglomeração, higienização regular das mãos e priorização de eventos mais tranquilos, como matinês e blocos menos lotados. “É essencial manter a caderneta de vacinação atualizada, incluindo os imunizantes específicos para pessoas com comorbidades. A hidratação com água deve ser priorizada, assim como o uso de protetor solar e a limitação da exposição prolongada ao sol. No ambiente escolar, é importante adotar as mesmas precauções recomendadas para o Carnaval e garantir que as salas de aula tenham ventilação adequada e menos aglomeração”, finaliza.

Fonte: Ascom/Unit

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