Vídeo: foliões protestam em endereço de acusado de matar Rubens Paiva

Foliões do bloco Orquestra Voadora passaram nesta terça-feira (5/3) em frente a um endereço atribuído ao ex-general José Antônio Belham, no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro, e entoaram o coro “sem anistia”. O momento foi registrado em vídeos que circulam nas redes sociais e gerou repercussão.

“Pela memória das vítimas da ditadura”, escreveu o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) ao compartilhar as imagens no X. No Instagram, a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) compartilhou um registro de outro ângulo. “Belham vive tranquilamente no bairro do Flamengo e ganha do Estado brasileiro um salário de mais de 30 mil reais”, afirmou a parlamentar na legenda.

 

 

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Uma publicação compartilhada por Talíria Petrone (@taliriapetrone)

Ex-general reformado do Exército Brasileiro, Belham comandou o DOI-Codi do 1º Exército no Rio de Janeiro entre novembro de 1970 e maio de 1971.

Ele foi indiciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por crimes relacionados ao desaparecimento do ex-deputado federal Rubens Paiva, incluindo associação criminosa, fraude processual, tortura, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. As investigações da Comissão Nacional da Verdade (CNV) indicaram Belham e outros quatro militares como responsáveis pelo caso.

Atualmente, o processo que pode responsabilizar Belham está em andamento e aguarda definição judicial sobre a aplicação da Lei da Anistia. Desde sua aprovação em 1979, a legislação tem sido debatida no contexto da responsabilização de agentes do Estado por atos cometidos durante o regime militar.

Portanto, embora o processo tenha sido arquivado anteriormente, há uma possibilidade de reabertura dependendo da decisão do STF sobre a aplicação da Lei da Anistia.

 

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