Ex-assessor de Bolsonaro admite “acompanhamento”, mas nega espionagem contra Moraes

Brasília – A defesa de Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), rebateu as acusações de que ele teria monitorado o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em resposta à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), os advogados alegaram que Câmara apenas realizou buscas em “fontes abertas”, como Google e agendas públicas.

A PGR acusa Câmara de informar a localização de Moraes ao tenente-coronel Mauro Cid, que teria solicitado o acompanhamento. No entanto, os advogados do ex-assessor alegam que pesquisas públicas não configuram crime.

Defesa contesta acusação de monitoramento

Os advogados de Câmara argumentam que a expressão “monitoramento” é inadequada para o caso. Segundo eles, a consulta a informações de acesso público não pode ser considerada espionagem.

“Não há ilegalidade em consultar informações acessíveis a qualquer cidadão. O correto seria falar em ‘acompanhamento por fontes abertas’, e não em monitoramento”, declarou a defesa no documento enviado ao STF.

Os advogados também pedem que Alexandre de Moraes se declare impedido de relatar o caso, argumentando que ele se considera vítima da situação. O pedido segue o mesmo raciocínio de outras solicitações negadas pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso.

Ligacão com Bolsonaro e saída do cargo

Marcelo Câmara trabalhou com Bolsonaro tanto durante o governo como após a presidência. Ele integrou a equipe do ex-presidente até outubro de 2023. Desde então, seu nome aparece em investigações sobre movimentações ligadas ao então chefe do Executivo.

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