EUA elevam tarifas e enfrentam retaliação de seus principais parceiros

Em 3 de março de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou a imposição de tarifas de 25% sobre importações do Canadá e do México, e de 20% sobre produtos chineses, medidas que entraram em vigor no dia seguinte. Essas ações foram justificadas pela administração Trump como uma tentativa de equilibrar o livre comércio e proteger a indústria americana.

Em resposta, o Canadá anunciou a aplicação de tarifas de 25% sobre mais de 100 bilhões de dólares em produtos americanos. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmou que essas medidas são uma retaliação direta às tarifas impostas pelos EUA, visando proteger os interesses econômicos do país.

O México também declarou que implementaria medidas de retaliação contra os Estados Unidos.  Embora detalhes específicos não tenham sido divulgados, espera-se que as tarifas mexicanas afetem produtos agrícolas e industriais americanos, setores que possuem forte relação comercial com o país.

A China, por sua vez, anunciou a imposição de tarifas adicionais de 10% e 15% sobre várias importações de alimentos dos EUA, incluindo soja, trigo e frango.  Essas medidas têm como objetivo pressionar setores-chave da economia americana, especialmente a agricultura, que depende fortemente das exportações para o mercado chinês.​

Essas retaliações simultâneas de Canadá, México e China intensificam as tensões comerciais globais, aumentando o risco de uma guerra comercial de grandes proporções. O economista Felipe Bernardi Capistrano Diniz alerta “que esse cenário pode levar a aumentos de preços para consumidores e empresas, além de provocar instabilidade nos mercados financeiros internacionais”.

As relações comerciais entre os EUA e esses países são profundamente interligadas. Por exemplo, o México é um dos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos, com um fluxo significativo de bens e serviços entre as duas nações. Da mesma forma, Canadá e China mantêm relações comerciais robustas com os EUA, tornando as tarifas e retaliações particularmente impactantes para diversos setores econômicos.​

O governo Trump argumenta que as tarifas são necessárias para proteger a indústria americana e corrigir desequilíbrios comerciais. No entanto, críticos apontam que essas medidas podem resultar em efeitos adversos, como aumento de custos para consumidores e empresas americanas, além de possíveis perdas de empregos em setores afetados pelas retaliações.

Felipe Bernardi Diniz enfatiza “a necessidade de diálogo e negociação para resolver as disputas comerciais e evitar uma guerra comercial que possa prejudicar todas as nações envolvidas”. Organizações internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC), também expressaram preocupação com a escalada das tensões e a possibilidade de violação de acordos comerciais existentes.​

“Em suma, as tarifas impostas pelos EUA e as subsequentes retaliações de Canadá, México e China criaram um ambiente de incerteza no comércio internacional. A continuidade desse cenário pode trazer consequências econômicas significativas, ressaltando a importância de soluções diplomáticas para mitigar os impactos negativos e restaurar a estabilidade nas relações comerciais globais”.​

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