Divertidamente é real: cientistas descobrem painel cerebral que regula decisões

Uma pesquisa publicada na renomada revista científica Nature na quarta-feira (5) revelou o “painel cerebral” responsável por controlar as decisões a respeito de três estratégias fundamentais para a vida humana: perseverar, explorar alternativas ou desistir.

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Os circuitos foram identificados por cientistas londrinos da Sainsbury Wellcome Centre, em camundongos, e podem ajudar a entender melhor diversas condições neuropsiquiátricas, incluindo transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), autismo e transtorno depressivo.

Esses circuitos neurais ficam no tronco cerebral e foram testados em diferentes condições para demonstrar como os animais alternam entre os estados comportamentais.


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Para descobrir como o cérebro controla as estratégias comportamentais, os pesquisadores utilizaram tanto tarefas instintivas, em que os animais não precisavam de conhecimento prévio, quanto tarefas aprendidas, nas quais os animais agiam com base em conhecimento prévio. 

Assim, ficou evidente que a supressão de neurônios chamados GABAérgicos promove a perseverança em um objetivo atual ou familiar. Já a ativação de neurônios glutamatérgicos impulsiona a exploração de opções alternativas e, por sua vez, a supressão de neurônios serotoninérgicos no núcleo gera desistência.

Segundo o principal autor do artigo, Mehran Ahmadlou, em comunicado à imprensa, a sobrevivência de todos os seres vivos depende da capacidade de adaptar seus objetivos e os animais precisam decidir constantemente se devem perseverar em seu objetivo atual, explorar opções alternativas ou desistir completamente.

“Queríamos entender os circuitos neurais que impulsionam essas estratégias comportamentais e permitem que os animais as mantenham ou alternem entre elas. A necessidade de equilibrar corretamente essas estratégias é comum em todo o reino animal […]”, explica Ahmadlou.

Agora, a expectativa é que esses circuitos neurais identificados possam ajudar a compreender melhor diversas condições neuropsiquiátricas.

Por exemplo, um impulso excessivamente forte para persistir em ações familiares e comportamentos repetitivos é observado no TOC e no autismo, enquanto a desistência patológica e a falta de motivação são sintomas do transtorno depressivo maior. Mudanças na taxa de disparo de tipos específicos de células do núcleo podem, portanto, contribuir para certos aspectos dessas condições.

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