Teatro romano perdido de quase 2.000 anos é encontrado no centro da Itália

Uma investigação no sítio arqueológico de Interamna Lirenas, na região central da Itália, mostrou que a antiga cidade romana no local era, na verdade, um local próspero e movimentado — ao contrário do que se pensava anteriormente. O local era tão pouco promissor que, inicialmente, ninguém havia escavado na região, o que é raro na Itália.

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Na superfície da cidade, não havia nada além de alguns fragmentos de cerâmica, o que deixou os restos arqueológicos perdidos por séculos. Agora, um estudo liderado pela Universidade de Cambridge demonstrou não só que o local não era uma cidade romana retrógrada e insignificante, mas também que caiu 300 anos depois do que se acreditava.

Porto e teatro romanos

Segundo análises das cerâmicas encontradas em Interamna Lirenas, no sul do Lácio, o município do Império Romano teria resistido à queda até o final do século 3 d.C. No pico de sua habitação, ela teve uma população de 2.000 pessoas, com uma história que durou cerca de 900 anos. As escavações foram feitas com ajuda de radares magnéticos penetrantes por 24 hectares. 


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Equipe de arqueólogos trabalhando em Interamna Lirenas, que revelou ser mais promissora do que se pensava (Imagem: University of Cambridge/G. Murro)
Equipe de arqueólogos trabalhando em Interamna Lirenas, que revelou ser mais promissora do que se pensava (Imagem: University of Cambridge/G. Murro)

A cidade fica às margens do rio Liri, e, com o estudo, descobriu-se um grande depósito, um templo e um complexo de banhos, indicando que o local foi um porto fluvial romano entre os século 1 a.C. e o século 4 d.C.

Também foi encontrado um templo coberto que abrigava até 1.500 pessoas. Além dos edifícios comunitários, também haviam 19 construções com pátios e terras que acredita-se terem sido usadas para um mercado de gado e ovelhas.

Não foram encontradas evidências de cinzas ou qualquer outro sinal de destruição violenta, no entanto: segundo os cientistas, os habitantes locais abandonaram a cidade durante a insegurança anterior à invasão lombarda do Império Romano do final do século 6 d.C., já que se sabia que ela ficava na rota dos invasores.

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