“Não faltará dinheiro”, diz ministro, mesmo com corte no Bolsa Família

Após o governo prever um corte de R$ 7,7 bilhões no Orçamento de 2025 para o programa Bolsa Família, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, garantiu que não faltará recurso para o pagamento do benefício.

A tesourada consta no ofício assinado pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, e enviado ao Congresso nessa quarta-feira (12/3). O documento traz ajustes na peça orçamentária para incluir R$ 3,6 bilhões do Vale-Gás e R$ 1 bilhão do programa Pé-de-Meia.

“A determinação do presidente é clara: garantir o direito para quem tem direito. Conhecendo o compromisso do presidente Lula com os mais pobres, posso assegurar que não faltará dinheiro para o Bolsa Família e os programas sociais”, afirmou o ministro.


Corte no Orçamento

  • O Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou que o governo federal inclua, em um prazo de 120 dias, os gastos com o programa Pé-de-Meia no Orçamento.
  • A peça previa R$ 1 bilhão para a política em 2025, mas o custo total chega a R$ 11 bilhões.
  • O governo também precisa reajustar o valor previsto para a ampliação do Auxílio-Gás, inicialmente orçado em R$ 600 milhões. O total previsto, no entanto, é de R$ 3,6 bilhões.
  • A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, tem feito uma série de reuniões para destravar impasses e aprovar o Orçamento.
  • A previsão é que o projeto vá a votação no plenário no dia 20 de março.

Dias citou o combate às fraudes e o aumento da geração de emprego como fatores que permitiram a realocação de recursos sem prejudicar o pagamento dos benefícios.

“Isso significa que, ao conquistar um emprego e melhorar de vida, muitos deixam o programa, gerando economia e permitindo que os recursos migrem para outras áreas”, garantiu.

Além do Bolsa Família, o ofício prevê cortes em outras áreas, como a cultura, com uma redução de R$ 4 bilhões para a lei Aldir Blanc, que dá apoio a produções culturais.

Nessa quarta, o presidente Comissão Mista do Orçamento (CMO), deputado Julio Arcoverde (PP-PI), e o relator do Orçamento, senador Angelo Coronel (PSD-BA), reforçaram que o corte de quase R$ 8 bilhões no programa social é consequência dos “pentes-finos” feito pelo governo.

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