A missão Hera, da Agência Espacial Europeia (ESA), sobrevoou Marte na quarta (12). A visita permitiu que a espaçonave capturasse imagens tanto a superfície do Planeta Vermelho quanto de Deimos, sua menor lua.
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A passagem da Hera por Marte não foi por acaso. Esta etapa foi planejada cuidadosamente pela equipe da missão, e levou a sonda a cerca de 5 mil km do planeta. Desta forma, sua gravidade ajudou a espaçonave a ajustar sua trajetória em direção aos asteroides Didymos e Dimorphos, sua última parada.

Ian Carnelli, gerente da missão na ESA, comentou que esta foi a primeira experiência de exploração da Hera, mas não a última. “Em 21 meses, a sonda vai chegar ao nossos asteroides-alvo e vai começar a investigação da ‘cena do crime’ do único objeto do Sistema Solar cuja órbita foi alterada pela ação humana”, explicou, em referência ao impacto da sonda DART, da NASA, no asteroide.
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A Hera viajava a cerca de 9 km/s em relação a Marte e capturou imagens de Deimos a 1.000 km, observando o lado menos visto desta lua marciana. Deimos mede apenas 12,4 km de diâmetro, e pode ser tanto um pedaço do Planeta Vermelho quanto um asteroide capturado por sua gravidade.
“Nossa equipe de Análise de Missão e Dinâmica de Voo no ESOC, na Alemanha, fez um excelente trabalho de planejamento da assistência gravitacional”, comemorou Caglayan Guerbuez, gerente de operações da Hera na ESA. “Especialmente porque eles foram solicitados a ajustar a manobra para levar a Hera para perto de Deimos, o que gerou um trabalho extra para eles!”, acrescentou.

Lançada em 2024, a missão Hera vem navegando pelo espaço rumo a Dimorphos, asteroide cuja órbita foi alterada pela missão DART em 2022. Ao estudar o objeto, a hera vai coletar dados valiosos, que vão ajudar os cientistas a transformar a técnica de desvio de asteroides em um procedimento bem compreendido e que pode ser repetido, se necessário.
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