Médico alerta sobre tratamento da endometriose

O diagnóstico precoce e o acompanhamento médico são vitais para um tratamento eficaz. (Foto: Freepik)

No Dia Nacional de Luta contra a Endometriose, celebrado nesta quinta-feira, 13, o Instituto de Promoção e Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde) reforça a importância da conscientização sobre essa doença inflamatória crônica que afeta milhões de mulheres em idade reprodutiva e pode impactar profundamente na qualidade de vida. O diagnóstico precoce e o acompanhamento médico são vitais para um tratamento eficaz.

Ginecologista do Ipesaúde e especialista na área, Marco Salviano explica que a doença atinge cerca de 10% do público feminino em fase reprodutiva. “Estima-se que 180 milhões de mulheres no mundo tenham endometriose. No Brasil, são quase 18 milhões, o que significa que uma a cada dez brasileiras nessa fase é portadora da doença”, alerta.

Segundo o especialista, a endometriose causa dores intensas durante o período menstrual, podendo se tornar incapacitante. “Ela é a doença dos cinco “d”: dor pélvica crônica, dor nas relações sexuais, dor na menstruação, dificuldade para engravidar, e dor para evacuar e urinar no período menstrual. É uma doença que, inclusive, pode se manifestar desde a adolescência. Cerca de 20% das adolescentes que têm cólica menstrual intensa e faltam à escola já possuem endometriose”, aponta ou ressaltar que fatores como predisposição genética, alimentação inadequada, sedentarismo, estresse e noites mal dormidas podem agravar a doença.

Diagnóstico e tratamentos

O diagnóstico precoce é essencial para melhorar a qualidade de vida das mulheres. Para isso, é necessária uma avaliação clínica detalhada, com exames de imagem, a exemplo de ultrassonografia transvaginal ou ressonância magnética da pelve. “Nos países mais avançados, o tempo entre os primeiros sintomas e o diagnóstico pode levar de 8 a 10 anos, pois muitas vezes a dor menstrual intensa é culturalmente considerada normal”, explica Marco Salviano.

O tratamento envolve abordagens multidisciplinares. “É necessária uma equipe com ginecologista, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo, gastroenterologista e urologista, dependendo do órgão afetado. Se a menstruação causa dor intensa e limitação, o bloqueio da menstruação é uma opção terapêutica reconhecida para melhorar a qualidade de vida da paciente”, evidencia o médico.

Mudanças no estilo de vida também contribuem para o controle da doença. “Uma alimentação anti-inflamatória, atividade física regular e suplementação com ômega-3 e antioxidantes podem trazer benefícios. Nos casos mais graves, o tratamento cirúrgico pode ser necessário, mas não significa a retirada do útero. A cirurgia busca remover as lesões, restaurar a anatomia da pelve e melhorar as chances de uma gravidez espontânea”, explica o especialista.

Busca do profissional

Marco Salviano reforça a importância de procurar um profissional especializado no primeiro sinal da endometriose. “Se a dor menstrual for intensa, impactar o dia a dia, levando a faltas no trabalho ou na escola, é fundamental buscar ajuda médica. A endometriose tem tratamento e quanto mais cedo for diagnosticada, melhores serão os resultados”, finaliza.

Fonte: Ipesaúde

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