Deputado bolsonarista manda áudio a Alcolumbre após post ofensivo

O deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) procurou Davi Alcolumbre (União-AP) após fazer um postagem ofensiva envolvendo os nomes do presidente do Senado e da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

Gayer mandou um áudio a Alcolumbre por meio do WhatsApp alegando que a postagem teria sido um “mal entendido” e se colocando à disposição para mais esclarecimentos. O presidente do Senado não respondeu.

“Não era um áudio pra ter uma resposta. Era apenas um áudio explicando e esclarecendo o mal entendido
e me colocando a disposição para mais esclarecimentos”, disse Gayer à coluna nesta sexta-feira (14/3).

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O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO)

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Postagem do deputado Gustavo Gayer sugerindo um trisal entre Gleisi Hoffmann, Lindbergh Farias e Davi Alcolumbre

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Vinicius Schmidt/Metropoles

Além do áudio a Alcolumbre, Gayer pediu a senadores aliados que intercedessem por ele junto a Alcolumbre. Um dos que atendeu ao pedido do deputado foi o senador bolsoanrista Marcos Rogério (PL-RO).

O post ofensivo

Em publicação no X (antigo Twitter) na quinta-feira (13/3), Gayer sugeriu que a atual ministra das Relações Institucionais; o namorado dela, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ); e Alcolumbre formariam um “trisal”.

“Me veio a imagem da Gleisi, Lindbergh e do Davi Alcolumbre fazendo um trisal. Que pesadelo”, escreveu Gayer no X.

Como a coluna noticiou mais cedo, após a repercussão da postagem, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que estava em São Paulo, ligou para Gustavo Gayer.

Motta ligou para o deputado bolsonarista a fim de repreendê-lo. O presidente da Câmara, segundo apurou a coluna, também chamou Gayer para conversar na terça-feira (18/3) pessoalmente.

O parlamentar bolsonarista disse a Motta que já tinha apagado a postagem antes mesmo da repercussão na imprensa por entender que foi “infeliz”. Ele alegou, porém, que nunca teria acusado ninguém de formar um trisal.

Para Gayer, ele estaria sendo usado pelo PT como “bode expiatório” para ofuscar a recente fala machista de Lula sobre a nomeação de Gleisi para comandar a articulação política do governo.

Apesar das alegações de Gayer, Alcolumbre afirmou a jornalistas na tarde da quinta que pretende representar contra o deputado do PL de Goiás no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar.

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