Homem com boné do MST provoca bolsonaristas em ato flopado de Bolsonaro em Copacana

O ato convocado por Jair Bolsonaro em Copacabana, neste domingo (16), teve um público muito menor do que o esperado e muita vergonha.

Com uma previsão de até 1 milhão de participantes, o evento atraiu apenas 18,3 mil pessoas, conforme estimativas da Universidade de São Paulo (USP). A manifestação teve como principal pauta a anistia aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro.

Além de virarem alvos de deboche e vergonha alheia nas redes sociais, os apoiadores dos golpistas também passaram vergonha presencialmente. Em um apartamento em Copacabana, um homem usou um boné do MST para provocar de sua varanda os poucos bolsonaristas que transitavam.

O evento ocorreu a uma semana de um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que pode levar Bolsonaro a ser processado. Além disso, políticos de diferentes estados participaram da manifestação, que também buscava pressionar o Congresso para aprovar a anistia aos envolvidos nos ataques contra as instituições públicas.

Ato com menos público do que o esperado

Apesar da grande expectativa, o protesto não alcançou as metas de público. O estudo realizado pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital, com o uso de imagens aéreas e inteligência artificial, calculou que o público atingiu um pico de 18,3 mil pessoas no horário de maior concentração.

A manifestação contou com Bolsonaro, os governadores Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Tarcísio Freitas (São Paulo), Jorginho Mello (Santa Catarina) e Mauro Mendes (Mato Grosso), além de senadores e outros líderes políticos.

A principal pauta: anistia aos golpistas

O tema central do evento foi a anistia para os envolvidos nos ataques ao Congresso Nacional e ao Palácio do Planalto, em 8 de janeiro. Bolsonaro discursou no palco e afirmou que os manifestantes não tinham cometido atos de maldade e que estavam sendo injustamente acusados.

Além disso, o ex-presidente criticou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e defendeu que as pessoas presas nas manifestações de janeiro não deveriam ser responsabilizadas por algo que ele considera uma “armadilha”. O governador Cláudio Castro, presente no evento, também se manifestou, chamando as prisões de “injustas” e pedindo a anistia para os envolvidos.

Políticos e pedidos de impeachment

A manifestação, que aconteceu a apenas uma semana do julgamento no STF, também teve pedidos de impeachment do presidente Lula e manifestações em apoio ao retorno de Bolsonaro ao poder, embora o ex-presidente esteja inelegível até 2030. Cartazes e camisas amarelas, símbolos do movimento, eram comuns entre os participantes.

Ataques de 8 de janeiro e as condenações

O STF já condenou 481 pessoas pelos ataques golpistas de 8 de janeiro. As condenações incluem:

  • 255 pessoas sentenciadas por crimes graves, com penas de até 17 anos e 6 meses de prisão.
  • 226 condenados com penas menores, algumas substituídas por restrições de direitos.
  • 61 investigados foragidos.

Além disso, a Advocacia-Geral da União (AGU) estimou que os danos causados aos patrimônios públicos somam R$ 26,2 milhões.

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