Câncer colorretal: Prevenção e diagnóstico precoce salvam vidas

O câncer colorretal, que afeta o intestino grosso e o reto, é um dos tipos de câncer mais incidentes na população brasileira, figurando como o segundo mais comum tanto em homens quanto em mulheres. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que 49 mil novos casos sejam diagnosticados no Brasil em 2025. A boa notícia é que essa doença é altamente evitável através da prevenção e do rastreamento precoce, conforme reforça a campanha “Março Azul”.

A campanha organizada pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) e pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da prevenção do câncer colorretal. “O rastreamento, realizado com a colonoscopia a partir dos 45 anos, é essencial para detectar a doença em estágios iniciais, quando as chances de cura são significativamente maiores”, alerta o médico endoscopista do Hospital Mater Dei Salvador (HMDS), Igelmar Barreto Paes, ex-presidente da SOBED e referência no tratamento da doença.

O câncer colorretal é uma doença silenciosa. Quando os sintomas aparecem, a doença pode estar em estágios avançados. Entre os sinais de alerta estão sangramento nas fezes, dor abdominal, alterações no ritmo intestinal, anemia e perda de peso inexplicada. A prevenção também está diretamente relacionada ao estilo de vida. Dieta rica em carnes processadas, consumo excessivo de álcool, tabagismo, sedentarismo e histórico familiar são fatores de risco importantes.

Colonoscopia – A principal ferramenta para o rastreamento é a colonoscopia, exame que permite visualizar a mucosa intestinal e remover lesões pré-cancerígenas, conhecidas como pólipos. Segundo o gastroenterologista e coordenador do serviço de Gastroenterologia e Endoscopia do Hospital Emec Mater Dei (Feira de Santana), Luiz Almeida, este exame é decisivo para a prevenção: “A colonoscopia identifica e retira os pólipos no mesmo procedimento, prevenindo a evolução para um tumor maligno. Essa medida reduz em até 80% a ocorrência do câncer de intestino”, destaca.

O exame é seguro, realizado sob sedação, e essencial para a detecção precoce da doença. O protocolo atual recomenda sua realização a partir dos 45 anos para pacientes assintomáticos e, em casos de histórico familiar ou doenças intestinais preexistentes, ainda mais cedo.

Com uma estrutura de ponta, a “Gastroclin”, localizada no Hospital Emec, realiza este exame com frequência, já que está preparada para atender não apenas a população de Feira de Santana, mas também de toda a região, oferecendo procedimentos de alta complexidade que fazem diferença na prevenção e tratamento do câncer colorretal.

Mudança de hábitos – A prevenção do câncer colorretal também passa pela adoção de hábitos saudáveis. A Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) e o Ministério da Saúde recomendam uma dieta equilibrada, rica em fibras, frutas, verduras e grãos integrais, a prática regular de atividades físicas e a redução do consumo de carnes processadas e bebidas alcoólicas.

“A prevenção e o rastreamento precoce são essenciais para reduzir a incidência e a mortalidade do câncer colorretal”, resume o endoscopista do HMDS, Igelmar Barreto Paes. “Cabe a todos os profissionais de saúde difundirem ao máximo essas informações para que a população se conscientize e possamos reduzir cada vez mais os casos da doença”, conclui o gastroenterologista do Emec, Luiz Almeida.

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