JBS transforma produção global de couro

A indústria do couro está passando por uma verdadeira transformação com o avanço do Kind Leather, marca desenvolvida pela JBS Couros que volta a atenção para o ciclo de vida inteiro do material. Criada há sete anos, Kind Leather adota princípios da economia circular para reduzir desperdícios e otimizar o uso de recursos naturais, equilibrando eficiência e responsabilidade ambiental.

Diferentemente do modelo tradicional, que prioriza volume e maximização da produção, o conceito desenvolvido pela JBS Couros propõe uma abordagem focada na qualidade e no melhor aproveitamento da matéria-prima. Isso significa repensar o processo produtivo para minimizar impactos ambientais e reforçar práticas mais sustentáveis, sem comprometer a rentabilidade da indústria.

“O lançamento do Kind Leather foi um marco na nossa jornada para transformar a indústria do couro, trazendo mais rendimento para os nossos clientes, transparência no processo através da rastreabilidade e redução de impacto ambiental”, destaca Guilherme Motta, presidente da JBS Couros.

“Agora, com essa mudança de posicionamento, vamos além da nova identidade visual: estamos apostando em uma marca que propõe um diálogo leve e transparente com o consumidor e que traz cada vez mais soluções responsáveis para o nosso processo considerando, além da nossa indústria, também nossos stakeholders”, acrescenta.

Fotografia colorida mostrando peça de couro-Metrópoles

A ideia de Kind Leather surgiu como uma resposta à crescente demanda global por soluções sustentáveis no setor. Com a adoção Kind, a JBS Couros buscou não apenas inovar na fabricação do couro, mas também estabelecer um novo padrão para toda a cadeia produtiva, propondo soluções ambientais e sociais em todas as etapas de produção.

Nos modelos antigos de produção do couro, de um lado estava uma empresa de setores como vestuário, calçadista ou moveleiro. Cada uma delas pegava uma peça de couro, que era vendida em formato padrão, e cortava para o uso num produto específico – um sapato, uma jaqueta ou um assento de poltrona, por exemplo.

Esse modo de organização da cadeia, apesar de aparentemente fazer todo o sentido, tinha um problema: gerava muitos resíduos que eram desperdiçados. O que foi feito? Um trabalho de engenharia para entregar aos clientes produtos mais próximos possíveis da forma como serão utilizados – uma pele com maior rendimento de corte – reduzindo desperdícios.

“O Kind Leather quebra essa lógica puramente transacional em prol de uma preocupação na forma como esse material é aproveitado”, explica Kim Sena, diretor de Sustentabilidade da JBS Couros.

Fotografia colorida mostrando fábrica de couro com três mulheres trabalhando-Metrópoles

O resultado: um aumento médio de 9% no rendimento do couro por parte do cliente. No caso da JBS Couros, enviar ao cliente um produto com menos desperdício significa maior geração de matéria-prima, que do contrário teria se tornado resíduo, para que seja usada em outras empresas da JBS Novos Negócios, como a Genu-in, que produz 12 mil toneladas de colágeno e gelatina por ano, e a Orygina, que usa colágeno para fornecer produtos para a indústria farmacêutica, centros de pesquisa e outros mercados.

Há ganhos ambientais. O Kind Leather pode reduzir as emissões de carbono em pouco mais de 15% na comparação com o couro no formato regular.

“Desde a criação do conceito de Kind Leather, fomos nos aperfeiçoando para conseguir melhores formas de corte de couro para atender clientes de diversos setores”, ressalta Sena. “Os resultados alcançados foram muito bons, mas o Kind Leather é muito mais do que otimizar o corte de couro.”

Segundo o diretor de Sustentabilidade da JBS Couros, o Kind Leather é um “canal para criação de soluções para toda a cadeia do couro”.

Nesta nova fase da evolução, o Kind Leather agora apresenta três novos eixos: pecuária sustentável, redução do impacto ambiental do couro e maximização da coprodução e aumento da utilização da área do couro.

E atua a partir de quatro pilares: suporte ao produtor rural (incentivando o uso de ferramentas para tornar a produção mais sustentável); análise da cadeia produtiva (a partir do uso de tecnologias para otimizar a produção); smart shape (para otimizar o uso do couro); e rastreabilidade (para garantir o uso de matérias-primas de fontes éticas e sustentáveis).

Um dos recentes desdobramentos é o programa SaveTan, que reduz o uso de água e de produtos químicos no processo de produção do couro. Esse programa reduz a pegada de carbono do curtimento dos couros em até 12%.

Outro projeto é o Responsible Tannery Chemistry (RTC), um protocolo para avaliar de forma técnica e padronizada os fornecedores da JBS Couros segundo quatro critérios de sustentabilidade: biodegradabilidade, substâncias restritas, presença de carbono biogênico e impacto ambiental geral.

“Nosso objetivo é requalificar o setor, induzir os produtores a adotarem as práticas mais sustentáveis e mostrar que a indústria do couro pode ser uma líder nos desafios e oportunidades de materiais de baixo impacto”, complementa Sena.

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