Eduardo Bolsonaro apresenta pedido de licença e seguirá afastado da Câmara por quatro meses

 

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) apresentou, nessa quinta-feira (20), o pedido oficial de licença do mandato parlamentar. A solicitação pede afastamento de 122 dias. Portanto, o suplente Missionário José Olímpio (PL-SP) deve assumir no lugar de Eduardo durante o período.

No portal da Câmara dos Deputados, aparece que, dos 122 dias, dois são de “Licença para Tratamento de Saúde” e 120 para “Tratar de Interesse Particular”.

Há três dias, contudo, o parlamentar usou as redes sociais para anunciar a licença para ficar nos Estados Unidos a fim de buscar as “justas punições” ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

“Abdico temporariamente [do mandato], para seguir representando esses milhões de irmãos de pátria. Irei me licenciar sem remuneração para que possa me dedicar integralmente e buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos”, disse.

No vídeo, ele afirma que o ministro está tentando usar seu mandato como “cabresto, ferramenta de chantagem e coação do regime de exceção”, sendo um instrumento para prendê-lo e impedi-lo de representar os interesses do país.

Eduardo informou que vai se dedicar integralmente a “fazer justiça” e “criar um ambiente para anistiar os reféns do 8 de Janeiro e demais perseguidos que fizeram parte do governo Bolsonaro”.

Como confirmou o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), Eduardo seria o nome indicado pelo partido para assumir a presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

Ao anunciar a licença, Eduardo admitiu que o cargo “facilitava a abertura de portas internacionais”. “No entanto, essas portas já estão abertas. Agora, necessito de tempo e dedicação integral para seguir trabalhando e representando não só os paulistas, mas todos os brasileiros”.

O deputado sinalizou não ter sido proposital a volta aos Estados Unidos no mesmo dia em que o PT protocolou na Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de retenção do passaporte dele.

Horas depois do anúncio da licença de Eduardo, contudo, Moraes arquivou a investigação após a PGR concluir que não existem indícios para criar uma apuração.

Fonte: R7

 

 

Adicionar aos favoritos o Link permanente.