Mulher joga capacete em motoboy e causa protesto de entregadores. Veja

São Paulo — Uma mulher discutiu com um motoboy durante uma entrega nessa quarta-feira (19/3), no bairro Ponta da Praia, em Santos, litoral de São Paulo. Segundo a reclamante, o pedido foi entregue sem autorização para outra pessoa. Ela arremessou um capacete em direção ao motociclista, o que motivou uma manifestação de entregadores.

Imagens gravadas pelo motoboy repercutiram nas redes sociais, onde as duas partes alegam terem sofrido agressões. No vídeo, a mulher aparece ameaçando “acabar” com o homem, enquanto ele acionava o suporte da empresa pelo telefone.

“Nem queira saber quem é meu esposo. Eu vou acabar com você [atendente] e o menino [motoboy] aqui”, disse a mulher ao telefone. “Meu marido é promotor de Justiça”, acrescentou ela.

A cliente alega que não recebeu a encomenda e que o serviço foi encerrado sem a confirmação do código de entrega. Ela chega a bater no entregador, que lamenta: “Está me agredindo? Estou trabalhando, pô”.

Veja vídeo

A reclamante ainda tentou entrar no condomínio com o celular do motoboy, mas ele a impediu: “Dá meu celular”, pediu o homem. Ela continuou reclamando do entregador para um atendente ao telefone e arremessou um capacete contra ele, o que gerou revolta entre os motoboys da região, que se reuniram no local.

Protesto dos motoboys

Mais tarde, por volta das 20h30 do mesmo dia, motoboys protestaram na frente do estacionamento e da área comum do condomínio da cliente. Imagens mostram os motociclistas buzinando e acelerando as motos no local.

O protesto durou aproximadamente cinco minutos. Moradores da região acionaram a Polícia Militar (PM) e o grupo se dispersou antes da chegada dos agentes.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), até o momento, a Polícia Civil não localizou o registro de boletim de ocorrência.

O que diz a prefeitura

Questionada pelo Metrópoles, a Prefeitura de Santos afirmou que o combate e a investigação de furtos, roubos e outros delitos são responsabilidade das autoridades policiais, que recebem apoio da Guarda Civil Municipal (GCM), por meio do seu efetivo e videomonitoramento.

A pasta acrescentou que a PM mantém equipes no Centro de Controle Operacional (CCO) do município e tem acesso a todas as imagens das mais de 2.800 câmeras espalhadas pela cidade.

“A GCM faz rondas diuturnas em todo o Município, inclusive na região da Ponta da Praia. Quando flagra atitudes suspeitas, os autores são conduzidos ao distrito policial”, concluiu a administração municipal.

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