Trump revoga status legal de 530 mil imigrantes latino-americanos

O governo de Donald Trump anunciou, nessa sexta-feira (21/3), uma nova etapa de deportação em massa de imigrantes nos Estados Unidos. Conforme a previsão, mais de meio milhão de estrageiros de Cuba, Nicarágua, Haiti e Venezuela serão atingidos pela medida.

Ao todo, cerca de 530 mil imigrantes terão o status legal temporário revogado. Eles eram protegidos, até então, por um programa de asilo promovido pelo governo do ex-presidente Joe Biden, que pretendia conceder meios de migração legal.

Ao assumir o cargo de presidente, no entanto, Donald Trump suspendeu o programa, por meio de decreto assinado no dia da posse, em 20 de janeiro deste ano, e agora a decisão será efetivada.

Todos os imigrantes, conforme o anunciado, foram avisados com antecendência, para que deixem o país antes que as respectivas autorizações e escudos de deportação sejam cancelados. O prazo final é o dia 24 de abril. A partir de então, serão realizadas as deportações de quem permanecer em solo norte-americano.

Atingidos

O número de 530 mil corresponde a todos que foram contemplados pelo status legal temporário concedido pelo governo de Joe Biden. Resta saber, no entanto, quantos deles conseguiram assegurar, desde então, outras formas e autorizações de permanência legal no país, de modo que não sejam atingidos pela revogação de Trump.

Esse número final não ficou claro, até então. De toda forma, se concretizada, conforme o anunciado, será a maior deportação em massa desde o início da atual gestão republicana.

Programa lançado em 2022

O programa de asilo temporário foi lançado por Biden em 2022, abrangendo, primeiro, venezuelanos. Em seguida, em 2023, a mesma autorização foi estendida para estrangeiros de outros países.

A regra permitia que imigrantes e familiares próximos viajassem para os EUA, caso tivessem conhecidos ou patrocinadores norte-americanos, e permanecessem no país por dois anos graças a uma autorização de imigração temporária (status legal).

Biden pretendia, com o programa, reduzir as travessias ilegais na fronteira sul dos EUA e garantir uma verificação mais efetiva de quem entra no país. O Departamento de Segurança Interna da era Trump, no entanto, repudiou a medida, nessa sexta-feira, e disse que o programa falhou nos objetivos centrais.

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