Quase o Oscar! Conheça a estatueta de ouro sul-americana Tumaco-Tolita

Apesar de a estatueta mais famosa atualmente ser a do Oscar, esse tipo de obra, representando uma pessoa coberta de ouro, já estava presente na civilização Tumaco-Tolita há milhares de anos. O povo vivia perto da fronteira entre a Colômbia e o Equador e criou, entre 1 e 300 d.C, uma escultura de ouro de uma figura em pé.

A peça mede aproximadamente 22,9 cm e está exposta no Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. A figura perdeu os pés, que antes eram presos por fios de ouro, e acessórios e objetos que eram segurados pelas mãos. No entanto, ainda há uma espécie de ornamento no nariz, muito parecido com um piercing, podendo sugerir que eram utilizados em rituais dos Tumaco-Tolita.

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Ainda não é um consenso, mas a presença de mamilos sugere que estatueta é de uma mulher

Metropolitan Museum of Art

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Foto lateralizada consegue mostrar espécie de piercing localizado no nariz da estatueta

Metropolitan Museum of Art

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Pés da estatueta de ouro foram perdidos com o tempo

Metropolitan Museum of Art

O gênero da escultura é incerto, porém algumas pistas levam a crer que a figura é de uma mulher, pois algumas estátuas femininas tinham mamilos, mas a ausência de saia deixa dúvidas. Outro ponto curioso sobre os costumes dos Tumaco-Tolita é que eles costumavam modificar o formato da cabeça de bebês, amarrando o crânio para que crescesse achatado, indicando que a pessoa tinha alto status social.

Fim dos Tumaco-Tolita

Na Colômbia, a cultura era conhecida como Tumaco e no Equador, como Tolita. A junção dos dois povos deu origem aos Tumaco-Tolita. A civilização vivia em uma área cheia de rios, pântanos, florestas e depósitos naturais de ouro e platina. Eles também possuíam grande habilidade em metalurgia e trocavam objetos com outras comunidades.

Por volta de 500 d.C., a ilha fluvial La Tolita e as áreas vizinhas foram abandonadas — assim, a cultura foi desaparecendo, com os habitantes deixando a região em que moravam. No entanto, artefatos produzidos por eles sobreviveram por séculos e até foram mencionados por conquistadores europeus que chegaram à região um tempo depois, no século 16.

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