Dólar abre em queda, com ata do Copom e novela das tarifas de Trump

O dólar começou a operar em queda na manhã desta terça-feira (25/3). Às 9h10, a moeda americana registrava recuo de 0,16%, cotada a R$ 5,74. Pouco depois, passou a oscilar, reduzindo a baixa a 0,06%, o que representa estabilidade do câmbio.

Na véspera, ela fechou em alta de 0,61%, a R$ 5,75, depois de oscilar entre a máxima de R$ 5,77 e a mínima de R$ 5,70. Com o resultado da segunda-feira (24/3), o dólar acumula queda de 2,78% neste mês e de 6,93% no ano frente ao real.

O fato novo na manhã desta terça-feira foi a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), realizada na quarta-feira (19/3). O conteúdo do documento foi classificado por analistas como “mas duro” do que o comunicado emitido na semana passada.

No texto da ata, o Copom destaca que houve uma piora nas expectativas para prazos mais longos, o que dificulta a convergência da inflação à meta de 3% ao ano. Tal quadro, conclui o órgão do BC, exige juros mais altos por mais tempo.

O Copom conclui que o atual ciclo de aperto monetário “não está encerrado”. Ainda assim, prevê uma elevação de “menor magnitude” da taxa básica do do país, a Selic, na próxima reunião do comitê, em maio. No último encontro, o BC elevou os juros em um ponto percentual, fixando a Selic no patamar de 14,25% ao ano.

Novela das tarifas

O mercado acompanha nesta terça-feira os próximos capítulos da novela das tarifas sobre produtos importados, impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na véspera, o republicano dobrou a aposta na questão das sobretaxas.

Trump disse que, nos próximos dias, estabelecerá a cobrança de impostos sobre diversos produtos. A lista que inclui artigos farmacêuticos, semicondutores, automóveis e itens de madeira. Ele também afirmou que vai fixar uma tarifa de 25% para produtos de países que comprarem petróleo e gás da Venezuela. A medida entrará em vigor em 2 de abril, escreveu o presidente dos EUA, em uma publicação na sua plataforma de mídia social, a Truth Social.

Essa é a mesma data em que devem começar as cobranças de tarifas recíprocas, que já haviam sido anunciadas pelo republicano.

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