Defesa de Braga Netto vê “luz” em fala de Fux sobre delação de Cid

Depois da sessão na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (25/3), o advogado do general Braga Netto, José Luis de Oliveira, analisou a fala do ministro Luiz Fux sobre a deleção do tenente-coronel Mauro Cid como uma “luz no fim do túnel”.

Dentre os requerimentos votados na sessão desta terça-feira (25/3), a Primeira Turma rejeitou o pedido que solicitava a anulação da delação premiada de Cid.

Apesar de acompanhar os demais ministros, Fux criticou a questão do ex-ajudante de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro ter feito nove depoimentos em sua delação. Fux entendeu que não há razão para decretar a nulidade da delação neste momento do processo, porém, apontou que Mauro Cid será chamado a depor em eventual ação penal sobre a coerência das informações prestadas.

“Nove delações representam nenhuma delação (…). Não tenho a menor dúvida de que houve omissão (de Cid). Tanto houve omissão que houve novas delações”, disse o ministro.

O representante de Braga Netto destacou que o STF não acolheu a tese apresentada acerca do cerceamento da defesa, mas que a fala de Fux sobre a deleção de Cid seria uma “luz no fim do túnel”.

“Durante a ação penal, como bem destacou o ministro Fux em sua observação, ao analisar a validade da colaboração de uma pessoa que prestou nove depoimentos – os quais a defesa considera manifestamente equivocados e mentirosos –, a defesa entende que essa foi uma luz no poderamento do ministro Fux, que inclusive teve um eco na manifestação da ministra Carmen Lúcia e na própria fala do ministro presidente Zanin”.

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir na manhã de quarta (26/3) se torna réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete aliados em ação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, vencidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

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