Salvador é 9º maior centro de gestão do território nacional e 3º do Nordeste, atrás de Recife e Fortaleza

** Ao todo, 2.176 municípios brasileiros (39,1% dos 5.570 existentes) se qualificavam, em 2024, como centros de gestão do território, por abrigarem, simultaneamente, entidades de instituições públicas federais e estaduais descentralizadas e unidades de empresas multilocalizadas;

** São Paulo/SP, Brasília/DF e Rio de Janeiro/RJ eram, respectivamente, os maiores centros de gestão do país;

** Com a 9ª maior centralidade, Salvador tinha o 12º maior índice de intensidade das ligações empresariais e o 9º maior índice de centralidade da gestão pública;

** Mais da metade dos municípios baianos (227 ou 54,4% do total) não tem nenhum centralidade de gestão do território;

** Depois de Salvador, os maiores centros de gestão do território no estado eram, em ordem decrescente de índice, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Juazeiro e Camaçari;

** Essas e outras informações são do estudo Gestão do Território 2024 que, em sua segunda edição, mostra, no universo dos 5.570 municípios do país, quais são os centros de gestão, isto é, os responsáveis pelo papel de comando na rede urbana brasileira, tanto do ponto de vista empresarial quanto da gestão pública.

Em 2024, Salvador era o 9º mais importante centro de gestão do território dentre os municípios brasileiros e o 3º da região Nordeste.

A classificação é definida pelo estudo Gestão do Território, do IBGE, que mapeia o país, hierarquizando as cidades de acordo com sua centralidade, ou seja, sua capacidade de comando e controle na rede urbana nacional.

O nível de centralidade de cada município é estabelecido a partir da existência e da intensidade das ligações e relacionamentos entre entes econômicos (empresas) e políticos (instituições dos governos federal e estadual) neles localizados.

Em todo o Brasil, 2.176 municípios (39,1% dos 5.570 existentes) se qualificavam, em 2024, como centros de gestão do território, por abrigarem, simultaneamente, entidades de instituições públicas federais e estaduais descentralizadas e unidades de empresas multilocalizadas (que têm sedes e/ou filiais em municípios diferentes).

São Paulo/SP, Brasília/DF e Rio de Janeiro/RJ apresentavam, respectivamente, os maiores índices de centralidade de gestão do território. São Paulo era o principal centro da gestão empresarial; Brasília representava a principal centralidade da gestão pública; e o Rio de Janeiro ficava em segundo lugar, em ambos os casos.

Salvador integrava o grupo de municípios no segundo nível de centralidade de gestão do território (classe 2), abaixo de Belo Horizonte/ MG, Porto Alegre/RS, Curitiba/PR, Recife/PE e Fortaleza/CE, respectivamente.

A capital baiana tinha o 12º maior índice de intensidade das ligações empresariais e o 9º maior índice de centralidade da gestão pública.

índice de intensidade das ligações empresariais tem por base as relações entre as sedes e filiais de empresas multilocalizadas. É a soma do conjunto de ligações empresariais de um município, acrescido do total de unidades locais (sedes e filiais) nele presentes: quanto maior a intensidade atribuída a um município, maiores são as suas interações com os demais, não importando a distância. O índice é construído a partir das informações do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), do IBGE, tendo 2021 como ano de referência.

Na primeira classe, correspondente ao centro de maior intensidade de relacionamento empresarial, está São Paulo/SP. Na segunda classe, figuram Rio de Janeiro/RJ e Brasília/DF. Depois seguem, por ordem decrescente de intensidade, na terceira classe, Belo Horizonte/MG, Curitiba/PR, Porto Alegre/RS, Fortaleza/CE, Campinas/SP, Barueri/SP, Recife/PE, Goiânia/GO, Salvador/BA, Osasco/SP, Guarulhos/SP e Itajaí/SC, perfazendo as 15 maiores centralidades empresariais do país.

Na edição anterior do estudo Gestão do Território, lançada em 2014, com dados de 2011 para esse indicador, Salvador tinha o 9º maior índice de intensidade empresarial, entre os municípios brasileiros e o 2º do Nordeste, só abaixo de Recife/PE. Em dez anos, a capital baiana perdeu três posições no ranking nacional e uma posição no ranking regional, neste último sendo superada por Fortaleza/CE.

Em termos de intensidade da gestão pública, Salvador ficava com o 9º maior índice em 2024.

Partindo do pressuposto de que o Estado atua como estruturador do espaço, por meio de suas organizações, a distribuição espacial dos órgãos públicos também gera centralidades. Foram contabilizadas as unidades locais das seguintes instituições públicas federais: Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Secretaria da Receita Federal, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Justiça Federal, Justiça Eleitoral, Justiça do Trabalho. Pela primeira vez, na edição de 2024, também foram consideradas as redes das secretarias estaduais de Educação e Saúde.

O principal centro urbano responsável pela gestão pública do país é Brasília/DF, capital federal e sede nacional da maior parte das instituições públicas. No segundo nível de centralidade de gestão pública, estão, em ordem decrescente, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP e Recife/PE. Já o terceiro nível de centralidade de gestão pública é ocupado, também em ordem decrescente, por Belo Horizonte/MG, Porto Alegre/RS, Curitiba/PR, Florianópolis/SC, Fortaleza/CE, Salvador/BA e Belém/PA.

Mais da metade dos municípios baianos (227 ou 54,4% do total) não tem nenhum centralidade de gestão do território

Em 2024, mais da metade dos municípios baianos (227 dos 417, ou 54,4% do total) não apresentavam nenhum nível de centralidade na gestão do território, ou seja, não tinham, ao mesmo tempo, unidades de empresas multilocalizadas e das instituições públicas federais e estaduais descentralizadas investigadas.

Era uma proporção inferior à verificada no Brasil como um todo, onde 60,9% dos municípios (3.394 em número absolutos) não possuíam as duas estruturas, logo não detinham nenhum nível de centralidade. O grupo de municípios baianos que não eram centros de gestão do território também diminuiu um pouco em relação a 2014, quando reunia 239 cidades (57,3% do total).

Depois de Salvador, os maiores centros de gestão do território na Bahia eram, em ordem decrescente de índice, os municípios de Feira de Santana, Vitória da Conquista, Juazeiro e Camaçari.

Salvador e Feira de Santana, os dois municípios mais populosos do estado, lideravam tanto na gestão empresarial quanto na gestão pública. No primeiro caso, Lauro de Freitas vinha em terceiro lugar, seguido por Camaçari e Vitória da Conquista. Já no que diz respeito à gestão pública, Vitória da Conquista, Juazeiro e Barreiras, nessa ordem, completavam o top-5.

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