Limpar o cérebro pode ser a chave para prevenir a perda de memória

Na última sexta (21), um estudo publicado na revista Cell revelou que melhorar o sistema de limpeza do cérebro pode ajudar a prevenir a perda de memória em camundongos idosos. A pesquisa, realizada por cientistas da Universidade de Washington em St. Louis, mostrou que fortalecer os vasos que eliminam resíduos do cérebro pode evitar o acúmulo de substâncias prejudiciais e melhorar a função cognitiva.

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Com o passar dos anos, o sistema que elimina toxinas do cérebro perde eficiência, o que pode contribuir para problemas de memória e dificuldades cognitivas. Os cientistas descobriram que, ao estimular o funcionamento desses vasos em camundongos idosos, a memória dos animais melhorou significativamente. Isso indica que a remoção eficiente de resíduos pode ajudar a manter o cérebro funcionando bem por mais tempo.

Uma peça-chave nesse processo é o papel das células do sistema imunológico do cérebro, chamadas de microglia. Quando sobrecarregadas pelo excesso de resíduos, elas produzem uma substância chamada interleucina 6 (IL-6), que pode prejudicar a comunicação entre os neurônios e afetar a memória.


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Estudo mostra o processo de limpeza do cérebro (Imagem: Kyungdeok et al, 2025/Cell)

Ao restaurar o funcionamento dos vasos que eliminam toxinas, os pesquisadores perceberam que os níveis dessa substância caíram, melhorando o desempenho dos camundongos em testes de memória.

Limpeza do cérebro

Os vasos responsáveis por essa limpeza ficam fora do cérebro, o que significa que podem ser estimulados sem precisar atravessar a barreira de proteção cerebral. Isso facilita o desenvolvimento de tratamentos mais eficientes e menos invasivos para problemas ligados ao envelhecimento do cérebro.

A pesquisa também reforça o quanto o sistema imunológico e o cérebro estão interligados. Então limpar o cérebro pode ser uma estratégia fundamental para manter a mente saudável por mais tempo.

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