Ventos de 111km/h causam estragos em Porto Alegre e 9 municípios

Pelo menos 10 municípios foram afetados pelo temporal que atingiu o Rio Grande do Sul nessa segunda-feira (31/3), causando queda de árvores, postes e destelhamento de casas. A Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC) registrou 36 bloqueios devido à queda de árvores ou galhos nas vias. Os ventos chegaram a 111 km/h.

A rajada de vento mais forte foi registrada na região do Aeroporto Internacional Salgado Filho, na capital gaúcha.

Segundo a EPCT, 44 cruzamentos estão com semáforos fora de operação por falta de energia, e 10 locais permanecem isolados devido a fios energizados, nesta terça-feira (1º/4).

A instabilidade do tempo continua, acumulando até 15 milímetros de chuva. A Defesa Civil de Porto Alegre informou que há previsão de chuvas intensas e ventos fortes até esta manhã.

O forte temporal deixou cerca de 260 mil clientes da CEE Equatorial sem energia. A Prefeitura de Porto Alegre informou que a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) registrou 105 ocorrências devido ao temporal.

As Estações de Tratamento de Água Moinhos de Vento, São João, Belém Novo e Ilhas continuam inoperantes devido à falta de energia elétrica, enquanto a estação Menino Deus já foi reestabelecida, em Porto Alegre.

Veja os municípios que registraram as ocorrências:

• Bom Retiro do Sul: reportou derrubada de árvores, que provocaram, em um ponto, queda de poste e rompimento dos fios de baixa tensão.
• Butiá: três casas destelhadas, sendo uma casa no bairro Charrua e duas casas no bairro Santa Rita, respectivamente.
• Cachoeirinha: informou que houve destelhamento de três residências e um comércio e queda de galho obstruindo o passeio público.
• Canoas: reportou 256 residências com telhados danificados, queda de 62 árvores e 35 escolas com algum dano. Ocorreram danos no telhado de cinco postos de saúde. Bairros Rio Branco, Fátima, Harmonia, Niterói, São Luiz Mathias, Mato Grande Vila Cerne, 5 colônias, Santo Operário e Igara, ficaram parcialmente sem energia elétrica.
• Eldorado do Sul: cerca de 450 casas e 15 escolas municipais foram atingidas. Amanhã não haverá aula na rede municipal.
• Inhacorá: reportou prejuízos em residências devido aos ventos fortes, ocasionando queda de árvores.
• Minas do Leão: casas e prédios destelhados, grande quantidade de postes e árvores obstruindo as vias. Duas pessoas feridas, aguardando mais dados.
• Nova Santa Rita: reportou o destelhamento de residências, queda de árvores em residência e veículo. Quedas de árvores com galhos obstruindo as vias e o passeio público.
• Porto Alegre: pontos de atendimento de saúde reportaram intercorrências (danos em telhados, água nas instalações e falta de energia elétrica). Carreta tombou com a força dos ventos em cima da nova ponte do Guaíba.
• Triunfo: danos materiais no telhado de um asilo de Triunfo. CBMRS esteve no local, coordenador municipal também acompanhou.

Maior enchente já registrada

A maior enchente já registrada no Rio Grande do Sul, entre abril e maio de 2024, deixou um rastro de destruição por todo o estado. Com 183 mortes confirmadas e 27 pessoas ainda desaparecidas, a tragédia afetou diretamente a vida de mais de 800 mil gaúchos.

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Imagem de Boeing 727-200 cercado por águas da enchente no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre

Anselmo Cunha/Agence France-Presse

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Vista aérea RS – Estado de calamidade pública após enchentes causadas pela forte chuva atingiram o estado brasileiro do Rio Grande do Sul RS

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A chuva do final de semana não fui suficiente para tirar o ânimo dos moradores da cidade de Sapucaia do Sul

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Famílias voltam para casa após enchentes no RS

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Cliciane de Souza da Silva e o marido Diorgenes Gonçalves Menezes carregam uma geladeira pela rua da cidade de Sapucaia do Sul

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Dos 497 municípios, 484 foram atingidos pelas águas, que invadiram casas, comércios, rodovias, estádios e equipamentos públicos essenciais.

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, atingiu a marca de 5,25 metros em 14 de maio, o maior da história. O avanço das águas expôs a fragilidade do Muro da Mauá, estrutura projetada para conter enchentes no Centro Histórico da capital.