As ações da Petrobras eram negociadas em forte queda no início da tarde desta quinta-feira (3/4), acompanhando a desvalorização dos preços do petróleo no exterior.
Os mercados globais repercutem a nova rodada do “tarifaço” comercial imposto pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na véspera, que está derrubando os principais índices pelo mundo – com exceções como o Ibovespa, no Brasil, que opera em alta.
O que aconteceu
- Por volta das 10h30 (pelo horário de Brasília), as ações preferenciais da Petrobras desabavam 3,38% e eram negociadas a R$ 35,94.
- Já os papéis ordinários da companhia recuavam 3,87%, cotados a R$ 39,24.
- Referência para o mercado internacional, o barril do petróleo tipo Brent tombava 6,27%, a US$ 70,10.
- O barril do tipo WTI, referência para o mercado dos EUA, registrava queda de 6,82%, a US$ 66,82.
Entenda o novo “tarifaço” de Trump
O novo “tarifaço” de Trump poupou as importações de petróleo, gás e produtos refinados. Apesar disso, as taxas aplicadas pelos EUA a diversos países aumentaram a incerteza global e o temor de que haja uma forte desaceleração do crescimento econômico mundial.
Trump anunciou na quarta-feira (2/4) a imposição de novas tarifas sobre produtos importados, atingindo países com taxas que variam de 10% a 97%.
A medida, segundo Trump, tem como objetivo fortalecer a produção doméstica e combater o que o governo norte-americano considera práticas comerciais desleais.
Desde fevereiro, Trump já vinha sinalizando a adoção das tarifas, mas sem detalhar valores ou critérios. Na última semana, ele reforçou que a taxação seria aplicada de forma ampla, embora ajustes e negociações ainda possam ocorrer.
A nova política tarifária faz parte das promessas de campanha do republicano e foi batizada por ele de “Dia da Libertação”, em referência à redução da dependência dos EUA em relação a importações.
Um dos pilares da medida é a adoção de tarifas recíprocas, ou seja, taxas equivalentes às que os produtos norte-americanos enfrentam em outros mercados.
O governo Trump argumentava que países que impõem barreiras comerciais aos EUA seriam submetidos a condições semelhantes.