Bolsas da Europa fecham em queda livre após resposta da China aos EUA

Os principais índices das bolsas de valores da Europa desabaram nesta sexta-feira (4/4), na esteira da imposição do novo “tarifaço” comercial por parte do governo dos Estados Unidos e da resposta da China, que também anunciou uma taxação sobre produtos norte-americanos.

Em movimento que acompanhou os maiores mercados em todo o mundo, como os EUA e a Ásia, os indicadores europeus afundaram no último pregão da semana, confirmando o clima de pânico generalizado com o recrudescimento da guerra comercial entre algumas das principais potências globais.


O que aconteceu

  • O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas europeias listadas em bolsas, terminou o dia em queda de 5,1%, aos 496,3 pontos, pressionado pelo péssimo resultado dos papéis do setor bancário.
  • Na Bolsa de Londres, o FTSE 100 tombou 4,95%, aos 8 mil pontos.
  • Em Frankfurt, o índice DAX também desabou 4,95%, aos 20,6 mil pontos.
  • Na Bolsa de Paris, o CAC 40 recuou 4,26%, fechando aos 7,2 mil pontos.
  • Em Madri, o índice Ibex 35 afundou 5,83%, aos 12,4 mil pontos.
  • O índice PSI 20, da Bolsa de Lisboa, caiu 4,75%, aos 6,6 mil pontos, enquanto o FTSE MIB, de Milão, teve perdas de 6,53%, aos, 34,6 mil pontos.
  • Ao longo da semana, a queda acumulada do FTSE 100 (Londres) é de quase 7%, enquanto DAX e CAC-40 desabaram mais de 8%.

Retaliação da China aos EUA

Em escalada ao que pode vir a ser uma guerra comercial sem precedentes, a China anunciou nesta sexta-feira que vai impor uma tarifa de 34% sobre produtos norte-americanos importados, além das tarifas já existentes.

A medida é uma retaliação a Trump, que anunciou uma taxa de 34% contra produtos chineses, que entrarão em vigor no sábado (5/4).

A nova taxa se somará a uma tarifa já aplicada de 20% especificamente a produtos chineses. Ou seja, no total, os produtos chineses vão pagar 54%.

A reação de Pequim aumenta ainda mais as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo. A tarifa chinesa entrará em vigor a partir de 10 de abril, de acordo com o Conselho de Estado, o gabinete da China.

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