Pesquisa revela as maiores mentiras ditas em inícios de namoros

A honestidade é sempre a melhor estratégia em um relacionamento? Enquanto uma resposta verdadeira pode ofender e levar a uma briga, uma resposta desonesta pode criar problemas de confiança no futuro. Dizer a verdade fortalece os relacionamentos românticos, ou é uma medida que pode sair pela culatra?

Para o psicólogo Fabiano de Abreu Agrela, pós-PhD em neurociências e mestre em psicologia, a honestidade absoluta é uma aspiração, e não uma realidade. “Do ponto de vista neurocientífico, o cérebro humano tem mecanismos evolutivos que priorizam a sobrevivência e a aceitação social e, portanto, a omissão ou distorção da verdade pode ser uma estratégia inconsciente de adaptação”, comenta.

Uma mentirinha de vez em quando?

Uma pesquisa realizada pelo aplicativo Happn destacou que 78% dos solteiros dizem nunca ter mentido em relacionamentos e somente 22% dos usuários admitiram já ter feito isso.

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A pesquisa mostrou ainda as mentiras mais comuns contadas. O destaque é esconder o real interesse em um relacionamento (35%), principalmente entre as mulheres (42%), ao dizer para o crush que estão mais ou menos interessadas do que realmente estão.

Em segundo lugar, está esconder as verdadeiras intenções (29%), a mais comum entre os homens (33%). Por sua vez, 28% dos usuários acredita que mentirinhas inocentes não prejudicam os relacionamentos, o principal motivo que leva as pessoas a mentirem neste contexto é para evitar julgamentos e inseguranças (36%).

Para o psicólogo, os números provam que honestidade é um terreno delicado quando o tema em questão são as relações.  “Não se trata, necessariamente, de manipulação intencional, mas de um instinto inconsciente de se tornar mais atraente, mais aceitável, mais amado. E aqui reside o paradoxo: buscamos conexão genuína oferecendo uma versão filtrada de quem somos”, comenta.

Por que temos dificuldade em revelar nossos reais interesses nos relacionamentos?

O profissional avalia que essa dificuldade nasce da fragilidade do ego diante do julgamento. “Revelar interesses reais sobretudo os mais profundos ou vulneráveis nos expõe à rejeição e rompe com o imaginário idealizado da reciprocidade”, comenta.

Além disso, Fabiano explica que a cultura moderna reforça a performance e a conquista, e não a transparência. “Assim, a mentira ou a omissão no início de um relacionamento não é apenas uma falha de caráter, é um reflexo da tensão entre o desejo de pertencer e o medo de não ser suficiente.”

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