Bullying obriga crianças a gastar dinheiro nos jogos online

Crianças estão sofrendo bullying por não ter skins em jogos online. A constatação vem de pesquisadoras da Oslo Metropolitan University, por meio de dois artigos apresentados no congresso OsloMet’s National Institute for Consumer Research SIFO. Segundo o material, as crianças que gastam dinheiro com seus personagens no jogo ganham mais atenção e popularidade.

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O estudo foi encomendado pelo próprio Ministério da Criança e da Família da Noruega. Para chegar à descoberta, os pesquisadores jogaram com crianças a partir dos dez anos, sob o objetivo de entender como elas são influenciadas a gastar dinheiro em jogos. 

Segundo o grupo, não há uma distinção nítida entre o mundo online e offline. “Estas são apenas diferentes partes do mundo social em que navegam, e a aparência, ou pele, são importantes marcadores de identidade”, apontam os autores.


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O material aponta que a influência social dos amigos é uma motivação significativa para gastar dinheiro em jogos, assim como as tendências das redes sociais. Basicamente, o público infantil é influenciado por memes e tendências em plataformas como o TikTok.

Bullying e consumismo

Partindo desse ponto de vista, o estudo associa a exclusão e o bullying ao comportamento consumista desse público mais jovem. O material constata que muitas crianças também foram enganadas e tiveram suas skins roubadas, então os pesquisadores acreditam que é necessária uma conscientização acerca do consumo e instrução para que não sejam enganadas.

Bullying leva ao consumismo nos jogos online, segundo estudo (Imagem: Mikhail Nilov/Pexels)

“É problemático, porque as crianças são um grupo de consumidores vulneráveis ​​que navegam sozinhos em mercados quase não regulamentados. Os jovens têm uma competência técnica fantástica em jogos, mas falta competência do consumidor. Há também uma diferença significativa no envolvimento dos pais”, apontam os autores.

O alerta é que a maioria dos jogos hoje é de graça, mas com muitas maneiras diferentes de gastar dinheiro. Na realidade, os desenvolvedores  ganham dinheiro com as pessoas que passam muito tempo lá. Assim, os cientistas noruegueses reforçam a necessidade de manter os pequenos mais seguros na internet.

O estudo destaca formas diferentes de design manipulativo ou antiético, que incentivam os jogadores a investir mais tempo, dinheiro ou dados pessoais do que pretendiam. Com o reforço de comportamentos como o bullying, as crianças só tendem a gastar de maneira inconsequente, em busca de aceitação. 

Leia a matéria no Canaltech.

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