Após queda recorde, bolsas da Ásia sobem com aposta em negociação

Ao contrário dos últimos dias, em meio ao furacão nos mercados globais por causa da escalada da guerra comercial deflagrada pelos Estados Unidos, os principais índices das bolsas de valores da Ásia fecharam em alta nesta terça-feira (8/4).

A aposta dos investidores é a de que haverá canais de negociação abertos nos próximos dias entre o governo norte-americano e os países asiáticos.

Na véspera, em mensagem publicada em rede social, a Truth Social, Trump afirmou que o Japão está enviando uma “equipe de ponta para negociar” as tarifas impostas pelos EUA. “Países de todo o mundo estão conversando conosco. Parâmetros rigorosos, mas justos, estão sendo estabelecidos”, escreveu Trump.


O que aconteceu

  • O destaque ficou por conta do índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, que encerrou o pregão com ganhos de 6,03%, aos 33 mil pontos.
  • Na véspera, a bolsa japonesa despencou quase 8%, seu pior resultado em 1 ano e meio. Durante a sessão, foi acionado o chamado “circuit breaker”, interrompendo os negócios.
  • Em Seul, na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou o dia em alta de 0,26%, aos 2,3 mil pontos.
  • Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 1,51%, aos 20,1 mil pontos.
  • Na China continental, o índice Xangai Composto registrou ganhos de 1,58%, aos 3,1 mil pontos.

Guerra comercial

Na última segunda-feira (7/4), as preocupações sobre uma guerra comercial global subiram de patamar após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter ameaçado impor tarifas adicionais de 50% sobre produtos importados da China, em resposta à taxação reataliatória de 34% anunciada pelos chineses.

Nesta terça, o governo chinês afirmou que lutará “até o fim” e tomará todas as medidas necessárias em resposta ao “tarifaço” norte-americano.

Na semana passada, Trump anunciou uma taxa de 34% contra produtos chineses. O país asiático foi um dos principais alvos da nova rodada de tarifas comerciais impostas pelos EUA.

A nova taxa se somará a uma tarifa já aplicada de 20% especificamente a produtos chineses. Ou seja, no total, os produtos chineses serão tarifados em 54%.

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