Brasília – Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Delegado Caveira (PL-GO), aliados de Jair Bolsonaro, apresentaram um projeto de lei para proibir o uso de armas de fogo por agentes que fazem a segurança pessoal do presidente Lula e de seus ministros. A proposta será avaliada nesta terça-feira (8) pela Comissão de Segurança Pública da Câmara.
O relator do projeto, Gilvan da Federal (PL-ES), também ligado ao bolsonarismo, emitiu parecer favorável, usando ironias e declarações antigas de Lula contra o armamento para embasar o texto.
Projeto propõe desarmar segurança presidencial
O texto protocolado afirma que “fica vedado o uso de armas de fogo pelos agentes integrantes da segurança pessoal do Presidente da República e de seus Ministros de Estado, ainda que em atividades que envolvam a segurança imediata de tais dignatários”.
Os autores justificam a proposta dizendo que a medida estaria alinhada à visão do atual governo sobre cultura de paz. A ideia é citada no texto como “uma solução não violenta para os desafios da segurança pública”.
Relator usa ironia em parecer favorável
Gilvan da Federal, relator do projeto, cita uma matéria jornalística sobre um agente de segurança de Lula que portava submetralhadora em Campinas para reforçar sua posição.
O parlamentar escreveu no parecer que “não há porque as mais altas autoridades do país receberem tratamento diferenciado da maioria da sociedade”. Ele conclui que “seguindo a filosofia atual, é moralmente inaceitável o uso do armamento por parte dos seguranças do Presidente da República”.
Histórico polêmico de Bilynskyj
Paulo Bilynskyj, conhecido defensor do armamento civil, protagonizou um caso trágico em 2020, quando sua então namorada, Priscila Barrios, morreu após atirar contra ele e depois se suicidar. A polícia encontrou seis armas no local, incluindo uma Glock 9 mm, uma carabina Taurus CTT 40 e grande quantidade de munição.
O Ministério Público concluiu que houve tentativa de homicídio seguida de suicídio, e o processo foi arquivado pela Justiça em 2022.
Proposta é vista como provocação política
Além de desarmar a segurança presidencial, o texto cita uma frase de Lula para reforçar o argumento: “Quem anda armado é um covarde, tem medo”. A proposta, no entanto, não tem chances reais de ser aprovada, segundo analistas, mas serve como ação política para redes sociais.
Apesar disso, a proposta pode avançar na Câmara se nenhum recurso for apresentado. Se aprovado nas comissões, o projeto seguirá diretamente ao Senado Federal.
Entenda: o projeto que quer desarmar seguranças de Lula
- Autores do projeto: Deputados bolsonaristas Paulo Bilynskyj e Delegado Caveira
- Objetivo: Proibir uso de armas por agentes de segurança de Lula e ministros
- Relator: Gilvan da Federal deu parecer favorável com base em ironias e discursos de Lula
- Justificativa: Alinhamento com a proposta do governo de promover uma cultura de paz
- Repercussão: Considerada provocação política sem chance de aprovação efetiva
- Histórico de Bilynskyj: Envolvido em caso trágico com a morte da namorada em 2020
- Próximos passos: Se não houver recurso, texto vai direto para o Senado
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